A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, disse nesta quarta-feira que "não há irregularidades de Manoel Dias à frente do Ministério do Trabalho, onde ele está há seis meses". Segundo a ministra Gleisi, "a conduta do ministro tem sido correta na tomada de medidas firmes em relação aos processos envolvendo convênios com entidades", acrescentando que ele pediu auxílio da Casa Civil , da Controladoria Geral da União (CGU) e do Ministério do Planejamento para regularizar estes convênios".
Gleisi disse ainda que o ministro Manoel Dias tem reafirmado a disposição de regularizar todos os convênios e que ele está "tomando medidas firmes". Sobre as últimas denúncias publicadas, referindo-se a um relatório em 2008, a ministra da Casa Civil disse que não há citação do nome do ministro em relação a problemas. "O ministro garante que não houve esse envolvimento", afirmou. Gleisi acrescentou que a postura do governo é de considerar as palavras do ministro. Ela advertiu, no entanto, que "havendo caso concreto, qualquer pessoa no governo está sujeito às consequências".
Matéria publicada no Estado informa que o ministro Manoel Dias pagou serviço partidário com dinheiro de ONG e que sua mulher estaria sob investigação do Tribunal de Contas de Santa Catarina.
Manoel Dias e Gleisi conversaram, mais uma vez, na manhã desta quarta-feira. O Planalto tem mantido o ministro no cargo, evitando criar maiores problemas com o PDT, partido considerado importante para a manutenção da base e apoio nas eleições do ano que vem. A ministra Gleisi não quis falar sobre questões partidárias, limitando-se a justificar que Manoel Dias está agindo corretamente e que fez um desabafo, sinalizando que a presidente Dilma não pretende afastá-lo do cargo, apesar das denúncias. O Planalto, tem insistido na sua permanência no posto.
Gleisi reiterou que Manoel Dias está se sentindo "pressionado", que fez um desabafo e insistiu que tem adotado postura "firme e séria". Acentuou ainda que é preciso ter cuidado com a história de uma pessoa como ele, para não se destruir a reputação de uma pessoa que tem uma história de luta na vida democrática do País. E insistiu: "o governo está reiterando que não há irregularidades na conduta do ministro Manoel Dias à frente do Ministério do Trabalho".