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PSB inicia reunião para decidir saída do governo Dilma Ministro da Integração confirma que deve entregar cargoMP investiga pagamentos ao PDT por entidade financiada pelo Ministério do TrabalhoMesmo irregular, ADRVale recebia verbas, diz CGUFigueiredo disse ainda que Manoel Dias está "obstinado" a fazer o pente-fino no MTE. "Ele quer deixar isso como legado. Se ele conseguir isso em 15, 20 dias. Não é que ele vai sair. Vai deixar isso de missão cumprida", explicou.
As bancadas do partido na Câmara e no Senado passaram cerca de uma hora e meia com o ministro do Trabalho e o presidente da legenda, Carlos Lupi, ex-ministro da Pasta. Lupi deixou o comando do MTE em 2011, em meio a denúncias semelhantes às atuais, mas reiterou a confiança do partido em Dias e disse achar "remotíssima" a possibilidade de o partido substituí-lo. Em defesa ao atual ministro, Lupi disse que ele "foi pego para Cristo" pela imprensa, e nesse caso, "tem que apanhar até acabar".
Reportagem publicada nesta quarta-feira pelo jornal O Estado de S. Paulo informa que auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) revela que uma entidade contratada pelo Ministério do Trabalho e Emprego repassou dinheiro a militantes do PDT catarinense sem comprovar se, de fato,os serviços foram prestados. A lista inclui o ex-presidente da Juventude do partido em Santa Catarina John Sievers Dias, que, em entrevista ao Estado, disse que o ministro Manoel Dias (PDT-SC) montou esquema para que funcionários da legenda recebessem da Agência de Desenvolvimento do Vale do Rio Tijucas e Rio Itajaí Mirim (ADRVale), detentora de convênios com a pasta.
A possível saída do PDT da Esplanada pode significar um rompimento com a base do governo Dilma, apesar de o líder na Câmara afirmar não haver essa possibilidade. O temor de perder o apoio de mais uma legenda na corrida pela reeleição do ano que vem - hoje o PSB já deve anunciar a saída do governo - tem feito a presidente Dilma esperar e manter a cautela sobre a saída de Manoel Dias do Trabalho.