O presidente nacional do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, oficializaou nesta quarta-feira, 18, a saída do partido do governo Dilma Rousseff. Campos, que poderá lançar sua candidatura à Presidência da República em 2014, disse que agora o governo petista pode se sentir mais confortável sem o PSB ocupando cargos no Executivo. "A gente deixa o governo mais à vontade e a gente fica mais à vontade", resumiu. Apenas o governador Cid Gomes (Ceará) se opôs à carta de entrega dos cargos.
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Apesar das informações de bastidores, Campos negou que a pressão do PT tenha acelerado o processo do PSB ou provocado constrangimentos. Durante a entrevista coletiva, o governador lembrou que o partido chegou a cogitar a saída do governo em junho, período das manifestações, mas que concluiu que naquele momento não poderia deixar o governo.
O presidenciável disse que os cargos do PT nos Estados governados pelo PSB não estiveram em discussão na reunião desta manhã. Ele reafirmou que o partido só discutirá sua possível candidatura em 2014.
Participaram da reunião da Executiva do partido o vice-presidente da sigla, Roberto Amaral, os governadores Cid Gomes (Ceará), Wilson Martins (Piauí) e Ricardo Coutinho (Paraíba), o atual ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, os líderes da Câmara e do Senado, deputado Beto Albuquerque (RS) e senador Rodrigo Rollemberg (DF), além dos deputados de São Paulo, Márcio França e Luiza Erundina. Leônidas Cristino, da Secretaria dos Portos, está em agenda no exterior.
O PSB ocupa o Ministério da Integração Nacional, três diretorias da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), a Secretaria dos Portos, as presidências da Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco) e da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf).