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Estado de Minas

Planalto e cúpula do PT mantêm discrição sobre mensalão

O PT cogitou divulgar uma nota sobre o novo julgamento do mensalão, mas desistiu. No Planalto, a ordem é evitar comentários


postado em 19/09/2013 09:13 / atualizado em 19/09/2013 09:37

Brasília - Diante da decisão do Supremo Tribunal Federal de aceitar os embargos infringentes e, com isso, prolongar a tramitação do processo do mensalão na Corte, o Palácio do Planalto e a cúpula do PT preferiram a discrição e a postura do compasso de espera. O partido cogitou divulgar uma nota sobre a decisão dessa quarta-feira (8) pelo STF, mas desistiu. No Executivo, a ordem é evitar comentários sobre a medida tomada pelo Judiciário.

Na última terça-feira (17), a presidente Dilma Rousseff aproveitou a posse do novo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para dizer que “agentes da lei” devem agir com “serenidade”, para que “tenham liberdade a tomar decisões com base nos fatos e no direito”.

Sem mencionar o julgamento do mensalão ou a expectativa em torno do voto do ministro Celso de Mello que decidiria se o STF aceitaria ou não os embargos infringentes, a presidente afirmou que “a cidadania espera da Justiça imparcialidade e serenidade”. Nesta quarta, ninguém do núcleo do governo fez comentários públicos a respeito da decisão do Supremo, que vai analisar novamente parte das condenações impostas a 12 réus do processo, incluindo o ex-ministro José Dirceu, o ex-presidente do PT José Genoino e o ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha - os dois últimos têm mandato de deputado federal pelo PT paulista.

Na segunda-feira, 16, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, também evitou comentários mais alongados sobre o que se esperava da sessão de ontem. Mas afirmou que “o governo está numa posição de expectativa, de esperar”. “A gente tem acompanhado esse processo, mas a gente prefere não dar opinião”, disse Carvalho.

A avaliação de conselheiros políticos no governo e no PT é de que a extensão do processo ao longo de 2014 pode trazer prejuízos de imagem na corrida eleitoral. Uma eventual ordem de prisão durante a campanha do próximo ano.


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