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Estado de Minas

Fundador do WikiLeaks diz que Dilma tinha 'obrigação' de adiar visita aos EUA

Em videoconferência na Embaixada do Equador em Londres, onde está asilado, Assange participou do Seminário Liberdade, Privacidade e Futuro da Internet


postado em 19/09/2013 11:49 / atualizado em 19/09/2013 11:55

Brasília - O fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, disse nessa quarta-feira que a presidente Dilma Rousseff tinha a “obrigação” de adiar a visita de Estado a Washington, marcada para outubro, depois de saber que foi alvo de espionagem norte-americana.

Em videoconferência na Embaixada do Equador em Londres, onde está asilado, Assange participou do Seminário Liberdade, Privacidade e Futuro da Internet. “Se não tivesse tomado essa decisão, iria ser vista como fraca. Ela tem a obrigação de proteger o povo brasileiro”, disse Julian Assange, responsável pela divulgação de documentos secretos da diplomacia norte-americana.

Na videoconferência, Assange disse também que as informações sobre as atividades de espionagem das agências de inteligência norte-americana comprovam que os Estados Unidos “invadiram o território brasileiro”. “O que quer dizer quando uma lei sai de seu território [para atuar em outro]? Que está sendo invadido por um tribunal, que está fazendo cumprir a lei em território estrangeiro,” acrescentou.

Em referência ao Ato Patriótico - legislação aprovada pelo Congresso norte-americano após os atentados de 11 de setembro de 2001 - Assange destacou que sob o pretexto de investigar supostos atos terroristas, a Casa Branca emprega esse mecanismo em outras nações e espiona milhares de cidadãos.


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