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Dilma vê espionagem a democracias como terrorismoDilma diz que combate ao terrorismo não justifica espionagemComissão deve votar lei antiterrorismo dia 27 de junhoCongresso pode aprovar até março lei que define crime de terrorismoAssociação de oficiais questiona ato de diretor da AbinBrasil exonerou agente suspeito de passar dados à CIAIegas reconhece que a ausência de uma legislação específica é um risco grande, já que hoje um incidente desse tipo teria que ser enquadrado em outros crimes previstos na legislação penal, como lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
Na Câmara, nove projetos que tratam do combate ao terrorismo foram reunidos e estão com a tramitação parada. Apensados – quando tramitam anexados - ao Projeto de Lei (PL) 2.462/1991, eles aguardam a criação de uma comissão especial para serem discutidos e levados a votação em plenário. No Senado, o tema foi incluído na proposta de reforma do Código Penal e também é objeto do PLS 728/2011, de autoria do senador Romero Jucá (PMDB-RR).
A expectativa das autoridades é que o Congresso aprove ainda este ano uma legislação contra o terrorismo. Para a PF, que encaminhou várias sugestões a esses projetos, é fundamental que o texto tipifique o terrorismo ante a realidade nacional e estabeleça como será o processamento e a investigação desse tipo de crime.
O diretor-geral da Abin, Wilson Trezza, o Brasil é signatário de todas as resoluções da Organização das Nações Unidas (ONU) contra o terrorismo e assumiu um compromisso internacional de cooperar para a segurança da sociedade mundial. Para Trezza, embora o país não seja alvo do terrorismo internacional, pode ser palco de uma ação terrorista em função dos grandes eventos.
O dirigente da Abin defendeu que a área de inteligência seja fortalecida. “Certamente, todos têm a percepção de que ela precisa ser ampliada. Nós precisamos de suporte legal para o desenvolvimento da atividade de inteligência no Brasil, de recursos orçamentários e financeiros adequados para o desenvolvimento dessas atividades com eficiência e eficácia e precisamos também de um acesso muito maior aos recursos tecnológicos atuais e ao emprego de técnicas operacionais dos quais essa tecnologia faz parte”, admitiu.