A CPI da Espionagem tem reunião marcada para a próxima terça-feira. Desta vez, para analisar requerimentos de parlamentares com pedidos de informações e requisição de documentos. Uma das solicitações a serem votadas é do senador Roberto Requião (PMDB-PR), que pretende obter da Polícia Civil do Rio de Janeiro e da Polícia Federal a cópia integral dos inquéritos destinados a apurar o furto de dois computadores portáteis da Petrobras ocorrido no início de 2008.
Para ele, existe grande probabilidade de que os dois fatos estejam vinculados, visto que os computadores continham dados sigilosos sobre a capacidade produtiva de campos petrolíferos do pré-sal e, além disso, o transporte de tais equipamentos era feito por empresa estrangeira sediada nos Estados Unidos.
No último dia 18, a CPI ouviu a presidente da Petrobras, Graça Foster. Ao deixar a reunião, em entrevista à imprensa, ela disse apenas que o caso já havia sido resolvido pela Polícia Federal e que se tratou de um “furto material”.
A CPI da Espionagem foi instalada em 3 de setembro, com a missão de investigar as denúncias de que a agência de segurança americana (NSA, na sigla em inglês) monitorou dados do governo brasileiro e da Petrobras. A espionagem teria chegado à presidente Dilma Rousseff e a seus assessores diretos. Composta de 11 senadores titulares e sete suplentes, a comissão é presidida pela senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e tem como vice-presidente o senador Pedro Taques. O senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) é o relator dos trabalhos.
Com Agência Senado