Brasília – A 13 dias do término do prazo de filiações partidárias e com a eleição presidencial cada vez mais visível no horizonte, os ânimos dos presidenciáveis estão mais acirrados. PT e PSB entraram em rota de colisão após o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, ter ordenado o desembarque de seu partido do governo federal. O senador Aécio Neves (PSDB-MG) apresentou um novo programa na televisão e reuniu os correligionários em Alagoas. A Rede, de Marina Silva, reuniu-se a portas fechadas em busca de alternativas caso o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não autorize a criação do partido. E José Serra (PSDB) ainda está indeciso sobre o futuro político.
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Aécio ataca 'campanha antecipada' de petistasEm programa eleitoral, Aécio usa tom informal e diz que atualmente país é "paternalista"Partido de Marina Silva agora depende de cartada jurídica Marina Silva começa a focar na vaibilização da candidatura em 2014Presidente da Câmara critica criação de novos partidosPDT contabiliza saída de pelo menos 6 deputadosTSE investiga assinaturas coletadas por novo partidoPara ganhar tempo, a presidente Dilma pediu na quinta-feira ao ministro da Integração, Fernando Bezerra Coelho, que espere uma semana para conversarem melhor. A presidente também deve voltar a se encontrar com Eduardo Campos, que foi na quarta-feira ao Planalto comunicar formalmente a decisão do PSB de se retirar da base.
Adversário de Falcão na disputa pela Presidência do PT, o deputado Paulo Teixeira (SP), capitaneia a ala petista que defende maior proximidade da legenda com o PSB. “Nosso distanciamento não será bom para o governo, já que se trata de um aliado com forte identidade programática. Nem para o PSB, já que o caminho que se desenha sem o PT é o da aproximação com as forças que sempre fizeram oposição aos avanços no Brasil”, pregou Teixeira, em nota divulgada também na quarta-feira, pouco depois de o PSB oficializar que entregaria seus postos no governo e passaria a integrar a ala dos independentes no Congresso.
Como os socialistas estão coligados ao PT em seis estados, e há chances concretas de a disputa presidencial ser decidida só em segundo turno, Teixeira acha um erro brigar com um aliado neste momento. Especialmente porque Eduardo é forte no Nordeste, região pela qual Aécio começou ontem o ciclo de encontros do PSDB.
Quem está de olho no Planalto
Confira como está a situação dos prováveis protagonistas da corrida presidencial de 2014
Dilma Rousseff (PT)
Está em processo de recuperação da popularidade perdida após os protestos de junho, aposta no Programa Mais Médicos e tenta controlar a inflação, mas não consegue deslanchar as concessões de rodovias, ferrovias e a licitação do pré-sal
Aécio Neves (PSDB)
Apresentou o novo programa partidário tucano, criticando a leniência do governo com a inflação e a falta de infraestrutura no país. Iniciou ontem a série de reuniões com os representantes regionais do PSDB. O primeiro encontrou reuniu o tucanato nordestino
Eduardo Campos (PSB)
Deu, na semana que passou, o passo mais ousado rumo à consolidação da candidatura presidencial: reuniu a Executiva do partido para desembarcar do Planalto e ordenou aos correligionários que entregassem os cargos federais
José Serra (PSDB)
Na mesma situação de Marina Silva. Anima-se com algumas pesquisas, mas só conseguirá se candidatar se deixar o PSDB, o que parece cada vez mais difícil. O PPS, por exemplo, desistiu de convencê-lo a se filiar à legenda