A controvérsia em torno do tema começou logo após as manifestações de junho, quando a presidente Dilma Rousseff enviou ao Congresso Nacional uma proposta de plebiscito para realização da reforma política. A sugestão foi rejeitada pelos parlamentares mas, para atender ao "clamor das ruas", o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), anunciou a criação de um grupo suprapartidário para discutir o assunto.
O PT queria que os trabalhos fossem coordenados pelo deputado Henrique Fontana (RS), último relator do projeto de reforma política discutido na Casa, mas Vaccarezza foi o escolhido do peemedebista, o que causou uma crise interna na bancada petista. Em seguida, Vaccarezza declarou que qualquer proposta de reforma não seria feita a tempo de valer para as eleições de 2014, como queria o PT e o Palácio do Planalto. Em conjunto com outros partidos da base aliada, o PT chegou a coletar assinaturas para a aprovação de um decreto legislativo convocando o plebiscito da reforma, mas o assunto nunca foi à discussão no plenário da Câmara.