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Estado de Minas

Clésio defende palanque duplo para as eleições de 2014

O senador Clésio Andrade defendeu apoio às candidaturas de Aécio Neves e Dilma Rousseff


postado em 24/09/2013 06:00 / atualizado em 24/09/2013 07:54

Pré-candidato a governador de Minas Gerais nas eleições de 2014, o senador Clésio Andrade (PMDB) defendeu nessa segunda-feira que o palanque do partido esteja aberto tanto para a presidente Dilma Rousseff (PT) – que deverá disputar a reeleição ao lado do PMDB – quanto para seu colega de plenário Aécio Neves, do PSDB. Embora as duas legendas já tenham vários nomes para disputar o Palácio da Liberdade, Clésio argumentou que até as eleições o cenário pode mudar, e ele poderá ter ou o PT ou o PSDB ao seu lado.

“Meu palanque será de quem nos apoiar”, afirmou o senador, durante almoço ontem com deputados estaduais e federais de seu partido, em Belo Horizonte. Vice-governador de Aécio  na gestão de 2003 a 2006 e atualmente na base aliada da presidente Dilma, Clésio Andrade argumentou que, caso eleito, terá bom trânsito com o futuro presidente da República – partindo do pressuposto que os eleitores brasileiros elegerão o tucano ou a petista. “O próximo governador tem que estar aliado com o governo federal. O desalinhamento dos últimos anos trouxe muitos prejuízos para Minas”, justificou.

Cotado também para ser candidato a vice-governador na chapa do ministro de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel (PT), Clésio Andrade negou qualquer possibilidade de o PMDB abrir mão da cabeça de chapa para o PT.  

Clésio negou a possibilidade de interferência do PMDB nacional nas discussões mineiras, de forma a repetir aqui a dobradinha nacional com o PT. “O PMDB nacional não interfere nos estados. Não existe mais a vinculação partidária nas eleições, e cada estado pode fazer o que achar melhor”, argumentou, referindo-se à queda da verticalização partidária, regra segundo a qual  as alianças feitas no plano nacional devem obrigatoriamente ser repetidas nos estados.

Mas para colocar seus planos em prática, o senador terá que convencer seus colegas de partido. Vice-líder do PMDB na Assembleia Legislativa, o deputado Adalclever Lopes, por exemplo, rejeita a possibilidade de uma aliança com o PSDB, de Antonio Anastasia, a cujo governo o PMDB faz oposição ao lado do PT e PCdoB. Segundo ele, uma composição com o PT é “natural”, e caso os dois partidos tenham candidatos próprios, será uma campanha cordial e com um projeto único. Dessa forma, a presidente Dilma teria dois palanques em Minas: do PMDB e do PT. Em um eventual segundo turno, os dois partidos poderiam se aliar.


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