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Falcão diz que PT mantém opinião sobre processo do mensalãoMarina não representa modernização, afirma Rui FalcãoGoverno do PSDB 'não admite CPI', diz Rui FalcãoPT não deseja volta de Lula, diz Rui FalcãoFalcão é vaiado e chamado de pelego em reunião do PTFalcão diz que é um dos mais atuantes da AlespPresidente do PT é deputado que mais falta na AlespMinistros atrasam entrega de votos dos embargos declaratóriosSeis ministros do STF liberam votos do julgamento do mensalãoA medida concede uma segunda chance, por exemplo, ao ex-ministro José Dirceu. Condenado por corrupção ativa e formação de quadrilha, ele poderá pedir novo julgamento para este último crime e, se for absolvido, livrar-se do cumprimento de sua pena em regime fechado. José Genoino, ex-presidente do PT, e Delúbio Soares, ex-tesoureiro do partido, também poderão pedir embargos infringentes para o crime de quadrilha.
Críticas
Foi a primeira declaração de Rui Falcão desde a decisão pelo novo julgamento. O assunto não esteve na pauta oficial da reunião desta segunda da Executiva do partido em São Paulo - o único documento com a posição do PT sobre o julgamento foi divulgado em 14 de novembro, já com críticas ao Supremo. Nas declarações à imprensa, porém, as críticas aos magistrados foram reiteradas, mesmo diante de um resultado visto como positivo para os réus do caso.
Falcão avaliou que a decisão sobre os embargos não altera o fato de o STF ter decidido, na visão dele, “em cima de suposições e presunções”. “Continuo entendendo que foi um julgamento eminentemente político, que condenou os companheiros sem provas, baseado em indícios, suposições e presunções, que aplicou a teoria do domínio do fato, que é uma coisa totalmente despropositada. Não mudou a qualidade (do julgamento). Simplesmente deram acolhida a uma coisa que vale para qualquer um que tenha sido julgado só pelo STF e tem direito a um segundo julgamento, uma segunda jurisdição, que é um princípio universal.”
Paulo Teixeira - deputado federal que disputará em novembro, com Rui Falcão, a eleição interna para o comando do PT - disse esperar que a Corte possa “ter mais tranquilidade” e “corrigir equívocos”. “Tem penas desproporcionais, condenações sem provas. Esperamos que nessa fase possa haver maior equilíbrio”, afirmou Teixeira, segundo quem há no partido a percepção de que o Supremo sofreu influências externas na hora de julgar os petistas e condená-los, no entendimento final da Corte, por montar um esquema de desvio de verbas públicas a fim de comprar votos no Congresso entre os anos de 2003 e 2005, no primeiro mandato do ex-presidente Lula.
Também nesta segunda, em entrevista ao site da Fundação Perseu Abramo, ligada ao PT, o ex-secretário-geral da Presidência do governo Lula Luiz Dulci atacou a oposição, classificando-a de “golpista”. Na avaliação das críticas aos governos petistas, Dulci, hoje dirigente do Instituto Lula, não mencionou o processo do mensalão, mas disse que há uma “judicialização” da política.
Prazos
O julgamento do mensalão deve ser retomado só no ano que vem. Ontem, o ministro do Supremo Luís Roberto Barroso entregou seu voto por escrito para publicação. O acórdão do caso, porém, só será publicado quando todos os ministros entregarem seus votos. A previsão é que o início do julgamento dos embargos infringentes ocorra apenas em fevereiro de 2014 - ano de eleições presidenciais no País.