Nova York - A presidente Dilma Rousseff cobrou uma reforma urgente no Conselho de Segurança da ONU e destacou que o ano de 2015, quando a organização completa 70 anos, será a ocasião ideal para realizar mudanças, disse a dirigente durante seu discurso de abertura da assembleia geral da instituição em Nova York. Sobre a Síria, a brasileira defendeu uma solução negociada para o conflito, sem intervenção militar.
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Em discurso na ONU, Dilma pede marco civil mundial da internetRede de espionagem global provocou repúdio, diz DilmaBrasil redobrará vigilância de dados na web, diz DilmaDilma pede ação coordenada global contra desempregoDiscurso de Dilma ganha destaque nos jornais argentinosJornal inglês destaca 'fúria' de Dilma na ONUA presidente disse que exemplos recentes evidenciam a necessidade de mudanças no Conselho de Segurança: a grande dificuldade em oferecer uma solução para o conflito na Síria e a "paralisia" em lidar com a questão entre Israel e Palestina. "A recorrente polarização entre os membros permanentes gera imobilismo perigoso", frisou, pedindo que novas vozes "independentes e construtivas" entrem no Conselho de Segurança.
"Somente a ampliação do número de membros permanentes e não permanentes e a inclusão de países em desenvolvimento em ambas as categorias permitirá sanar o atual déficit de representatividade e legitimidade do Conselho", disse em seu discurso.
A crise na Síria foi classificada por Dilma como o principal desastre humanitário deste século. "Não há saída militar. A única solução é a negociação, o diálogo, o entendimento", afirmou, ressaltando que o Brasil, por ter recebido migrantes daquele país, está profundamente ligado ao tema.
Dilma condenou o uso de armas químicas na Síria, classificando-o como "hediondo e inadmissível", e declarou apoio ao acordo entre os Estados Unidos e a Rússia para eliminar estas armas naquele país. Ainda sobre o Oriente Médio, Dilma disse que a questão israelo-palestina assume "nova urgência" e defendeu o direito dos palestinos em ter um estado independente e soberano.
Assista o discurso da presidente Dilma na ONU: