A Controladoria Geral da União decidiu destituir em definitivo do cargo a ex-chefe do Gabinete Regional da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Noronha. A decisão, anunciada nesta terça-feira, 24,, impede que Rosemary exerça qualquer outro cargo público por pelo menos cinco anos.
Leia Mais
MPF pede a Dilma documentos sobre Rosemary NoronhaCasa civil nega acesso à investigação sobre RosemaryCarvalho irá ao Senado para esclarecer caso RosemaryMinistro irá ao Senado para esclarecer caso RosemaryCorte orçamentário 'grande' atingiu a CGU, diz ministroGoverno reduz fiscalização em cidades com verbas federaisLula põe fervura nas eleições de 2014Lula conta como foi 'desencarnar' da Presidência e diz que percorrerá o Brasil por DilmaDe acordo com o relatório do PAD, cujo teor foi publicado nesta terça pela "Folha de S. Paulo", Rosemary foi considerada culpada de receber vantagens indevidas oferecidas pelos irmãos Paulo e Rubens Vieira, indicados por ela e nomeados, respectivamente, diretores da Agência Nacional de Águas (ANA), e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A servidora seria responsável por falsificações de documentos e tráfico de influência.
A decisão do PAD é transformar a exoneração em destituição, o que equivale, para servidores de cargos em comissão, à demissão e suspensão do direito de ocupar cargos públicos. A decisão será publicada nesta quarta-feira, 25, no Diário Oficial da União.
Chefe de gabinete do escritório em São Paulo no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, Rosemary era muito próxima do ex-presidente e foi mantida no cargo por Dilma Rousseff a pedido dele, apesar de não ter a simpatia da presidente. Depois de seu envolvimento no escândalo, Rosemary perdeu cargo, influência e a simpatia de Lula.
Dilma chegou a cogitar o fechamento do escritório em São Paulo, mas voltou atrás. Em julho deste ano, nomeou Nilza Fiuza, ex-assessora dos deputados Luiz Eduardo Greenhalgh e Edinho Silva e ex-controller do time do Corinthians, para o cargo.