Brasília - O líder do PDT na Câmara dos Deputados, André Figueiredo (CE), lamentou a criação dos Partido Republicano da Ordem Social (PROS) e da Solidariedade, este último encabeçado pelo deputado Paulo Pereira da Silva (SP), o Paulinho da Força. Com a saída de Paulinho do PDT, a sigla acredita que poderá perder cinco parlamentares para o Solidariedade e pelo menos um para o PROS.
Nos corredores da Câmara dos Deputados o assunto da manhã desta quarta-feira, 25, é o deferimento dos novos registros partidários pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Parlamentares que nas últimas semanas mantinham discretas negociações para mudar de partido agora já falam abertamente sobre a possibilidade de migrar. "Virou mercantilização", criticou Figueiredo.
Até as legendas mais antigas estão se beneficiando com o clima de troca partidária. Nesta manhã, o líder do PR na Casa, Anthony Garotinho (RJ), se revezava entre ligações telefônicas e conversas ao pé do ouvido com deputados interessados em mudar de sigla. "O que sai, entra. Se o PR perder dois ou três (deputados), ganha cinco ou seis", afirmou. De olho no palanque eleitoral de seu Estado, Garotinho tem atuado abertamente para arregimentar parlamentares para o PROS, considerado por ele potencial aliado na sucessão estadual no Rio de Janeiro.