O líder do PT na Câmara dos Deputados, José Guimarães (CE), voltou a dizer nesta quinta-feira que o partido vai trabalhar para que a minirreforma eleitoral não seja votada na Casa. "É um erro votarmos essa minirreforma que foi aprovada no Senado. É uma reforma tão pequena, que não incide em absolutamente nada no sistema eleitoral brasileiro", justificou o deputado, que chamou a proposta de "remendo".
Nessa quarta-feira, o PT liderou uma obstrução que impediu a apreciação da matéria pelo plenário. Para o líder, a estratégia adotada ao lado do PDT e do PSB foi "vitoriosa". "Para não abrir a porteira para a minirreforma, preferimos o trancamento (da pauta)", resumiu.
Novos partidos
Guimarães disse ainda que o PT acolherá "respeitosamente" o Partido da Solidariedade e o Partido Republicano da Ordem Social (PROS), siglas criadas nesta semana. Segundo ele, mesmo com a mudança para os novos partidos, alguns deputados devem permanecer na base aliada. "A maioria dos parlamentares com quem nós conversamos diz que, independente do partido que for, estará na base do governo aqui na Câmara", relatou. Ele afirmou que haverá um trabalho para convencer os demais a compor a base aliada.
Apesar de contar com o apoio dos deputados que migrarão para as novas legendas, o petista criticou o surgimento dos novos partidos e lembrou que o PT "lutou muito" para aprovar o projeto que impede a "porteira aberta para formar partidos". "Olhem o resultado agora. Se nós tivéssemos aprovado aquela lei, não teria se formado, de uma hora para outra, esses partidos", disse.