Jornal Estado de Minas

Secretário dos EUA recebe chanceler brasileiro

A reunião entre o ministro das Relações Exteriores e o secretários dos EUA está marcada para esta sexta-feira

Estado de Minas
O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, se reunirá nesta sexta-feira em Nova York, à margem dos debates na Assembleia Geral e no Conselho de Segurança, como o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Luiz Alberto Figueiredo. De acordo com a agência de notícias France-Presse, o encontro foi pedido pelo lado americano e marcado para as 10h35 (11h35 em Brasília), em um hotel de Manhattan.
Embora fontes ouvidas pela agência tenham indicado que a agenda inclui "temas da agenda bilateral", as discussões terão como foco a interceptação de comunicações eletrônicas no Brasil — inclusive da presidente Dilma Rousseff com auxiliares — pela inteligência dos EUA. O escândalo de espionagem, revelado pelo ex-agente americano Edward Snowden, foi abordado em termos duros por Dilma no discurso que pronunciou terça-feira, abrindo os debates no plenário da ONU.

Segundo Figueiredo, após o discurso da presidente Dilma Rousseff na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil conseguiu apoio de vários países em reuniões nos últimos dias em Nova York para a criação de normas globais que regulamentem a internet.

Patriota

A Comissão de Relações Exteriores do Senado aprovou ontem, por meio de votação secreta, o nome do ex-ministro das Relações Exteriores Antonio Patriota para ocupar o cargo de representante do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU). A indicação ainda precisa ser apreciada pelo plenário. Patriota deixou o comando do Itamaraty após a ação comandada por um diplomata que levou o senador boliviano Roger Pinto Molina a deixar a embaixada do Brasil em La Paz sem autorização do governo boliviano. Condenado pela Justiça boliviana, Molina foi mantido em asilo político na embaixada por mais de 450 dias até o dia em que fugiu, em um carro oficial brasileiro.

Após o episódio, o Palácio do Planalto anunciou que Patriota deixaria de ser ministro e se tornaria embaixador do Brasil na ONU, no lugar de Luiz Alberto Figueiredo, que passou a comandar o Ministério das Relações Exteriores.