Os deputados estaduais brasileiros não querem mudanças profundas no sistema político-eleitoral brasileiro. É o que revela uma pesquisa feita este mês pela União Nacional dos Legislativos (Unale) com 22% dos 1.059 parlamentares das 26 Assembleias brasileiras e do Distrito Federal. A maioria defende o atual modelo de escolha dos candidatos, com voto nominal, lista aberta e eleição proporcional por estado. Os deputados ainda são contra a proposta de reservar 50% das vagas das candidaturas para as mulheres.
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Os parlamentares defendem também o aumento dos mandatos, de quatro para cinco anos, sem limite para reeleição. Apenas 7,8% querem quatro anos de mandato com limite para reeleição. O uso exclusivo de recursos públicos na campanha tem o apoio de 48,78% dos deputados estaduais, mas a manutenção do atual modelo de financiamento não é rechaçada pelos legislativos. Entre os entrevistados, 31,71% querem que tudo permaneça como está. O fim do financiamento privado chegou a ser tema da minirreforma debatida pelo Senado, mas a proposta foi rejeitada ainda nas comissões e nem foi apreciada em plenário.
Os deputados também concordam com a decisão recente do Supremo Tribunal Federal (STF) de que os mandatos pertencem aos partidos e não aos eleitos. A cláusula de desempenho partidário para garantir tempo de propaganda e recursos do fundo partidário conta com o apoio de 68,29% dos entrevistados. Essa proposta estabelece um limite mínimo de votos que cada partido deve obter para ter direito a esses benefícios.