Mesmo com o início da recuperação da popularidade do seu governo a partir de julho, a presidente Dilma Rousseff teve uma queda da sua aprovação em todas as regiões brasileiras na comparação com junho. A pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta sexta-feira, revelou que no Sudeste, em junho, aqueles que consideravam ótima ou boa a sua gestão eram 48%. Na sondagem deste mês, caiu para 35%.
A diminuição dos índices de avaliação positiva do governo Dilma também é registrada entre aqueles com renda familiar inferior a um salário mínimo. Entre eles, 47% avaliam o governo como bom ou ótimo - a sondagem anterior registrava 65%. No caso das famílias que ganham acima de 10 salários mínimos, ocorreu o inverso: subiu de 37% para 42% o número de entrevistados que avaliam positivamente a gestão Dilma.
Essas mudanças foram registradas em relação aos levantamentos feitos periodicamente pela CNI/Ibope a cada três meses. Em julho, logo após o auge das manifestações, a entidade fez excepcionalmente uma pesquisa que apontou piora geral na aprovação do governo. De julho para agora, portanto, houve melhora.
Aprovação pessoal
A aprovação pessoal da presidente também sofreu queda no período anterior às manifestações para o mês de setembro nas cinco regiões. No Norte/Centro-Oeste caiu de 69% para 53%, no Nordeste despencou de 84% para 64%, no Sudeste de 64% para 50% e no Sul de 72% para 47%.
Considerando a renda dos entrevistados, entre os que ganham mais de 10 salários mínimos, houve um ligeiro aumento na aprovação de Dilma: de 50% para 54% em três meses. Já os que ganham até um salário mínimo, houve uma queda significativa: de 79% para 66%.
O último levantamento foi realizado entre os dias 14 e 17 de setembro, com 2.002 pessoas entrevistadas em 142 municípios.