Temas relacionados aos negócios bilaterais também serão assunto das conversas. De acordo com o MRE, as trocas comerciais entre o Brasil e o Paraguai cresceram 23% no primeiro semestre do ano, na comparação com o mesmo período de 2012. De acordo com o governo paraguaio, também devem ser discutidas as negociações para a parceria União Europeia-Mercosul e assuntos relacionados à Usina Itaipu Binacional, construída pelos dois países e uma das maiores do mundo.
O retorno do Paraguai ao Mercosul também deve ser abordado pelos dois presidentes. O país ficou suspenso do bloco entre 29 de junho de 2012 e 12 de julho deste ano porque os líderes políticos da Argentina, do Brasil e Uruguai discordaram da forma como o então presidente Fernando Lugo foi destituído do poder, por impeachment. Com o processo eleitoral e a eleição de Cartes, que tomou posse em 15 de agosto, a suspensão foi extinta.
Na ausência do Paraguai do Mercosul, houve a incorporação da Venezuela como país-membro, a adesão da Bolívia e a inclusão, com o status de membros associados, da Guiana e do Suriname. Pelas regras do Mercosul, o Poder Legislativo de cada um dos países-membros precisa aprovar a entrada de novos participantes como a Venezuela, adesão que é questionada pelo Paraguai. O presidente Cartes tem de lidar com os benefícios que o retorno ao Mercosul trarão ao país e a oposição de parte do Legislativo a medidas tomadas pelo bloco durante a suspensão.
Após o almoço no Itamaraty, o presidente paraguaio também visitará os chefes dos demais Poderes da República, indo ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal. O retorno da comitiva presidencial a Assunção está previsto para as 21h de segunda-feira.