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Diante do curto prazo para a filiação de políticos à nova legenda, a Rede já organiza fichas de futuros integrantes. De acordo com números parciais, a sigla conta com 3,5 mil pré-filiados, dos quais cerca de 50% devem se candidatar a cargos eletivos em 2014 se a legenda conseguir o registro.
Alta rejeiçÃo no ABC
De todos os colégios eleitorais do país, a Rede enfrenta a maior rejeição de assinaturas nos cartórios do ABC Paulista, berço político do PT (veja quadro). Na 414ª Zona Eleitoral, de São Bernardo, o índice de invalidação chega a 78%, com a recusa de 700 entre as 897 assinaturas entregues. A pré-candidata ao Planalto em 2014 evita falar em interferência política no trabalho da Justiça, mas afirma que o número superior de rejeição no local “é um comportamento completamente atípico”, na comparação com a média nacional de 24%. Os altos índices se repetem em Mauá e Santo André. Nos três municípios, as prefeituras são lideradas pelos petistas, respectivamente, Luiz Marinho, Donisete Braga e Carlos Grana.
Marina Silva afirmou nessa segunda-feira causar “estranheza” o ABC contar com um índice de invalidação de 53%, em média, superior aos 35% de São Paulo. “Obviamente isso é algo para ser avaliado. Mas não podemos fazer nenhum tipo de ilação. O que nós queremos é uma reparação”, afirma.
Os chefes dos cartórios das cidades citadas se negaram a falar com a reportagem. O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), por meio de assessoria de imprensa, negou que o fato tenha a ver com pressões políticas. “O trabalho nos cartórios é feito de forma burocrática e com muito zelo”, afirmou.