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Estado de Minas

Dilma frustra PMDB e indica aliado dos irmãos Cid e Ciro Gomes para ministério

Presidente Dilma frustra a expectativa do PMDB de comandar a Integração Nacional e nomeia aliado dos irmãos Cid e Ciro, desfiliados do PSB, para a chefia interina da pasta


postado em 02/10/2013 06:00 / atualizado em 02/10/2013 08:21

Francisco Teixeira (E) cumprimenta o ex-ministro Fernando Bezerra durante a cerimônia de posse (foto: Valter Campanato/ABR)
Francisco Teixeira (E) cumprimenta o ex-ministro Fernando Bezerra durante a cerimônia de posse (foto: Valter Campanato/ABR)
Empenhada em estreitar os laços com os irmãos Cid e Ciro Gomes para 2014, a presidente Dilma Rousseff deu um drible ontem nas intenções do PMDB de abocanhar o Ministério da Integração – e o orçamento da pasta, na casa dos R$ 8 bilhões para o próximo ano. Duas semanas depois de o PSB anunciar o desembarque da base aliada e entregar os cargos no governo federal, Dilma aceitou o pedido de demissão do ministro da Integração, Fernando Bezerra. Entretanto, em vez de cumprir a expectativa do PMDB e anunciar o nome do senador Vital do Rêgo (PB) para o cargo, preferiu nomear, interinamente, o engenheiro cearense Francisco Teixeira, antigo secretário de Infraestrutura Hídrica da pasta. Ele é afilhado político do governador do Ceará, Cid Gomes, que, ao lado do irmão e de dezenas de correligionários, se desfiliaram do PSB na segunda-feira.

Antes de integrar a equipe de Bezerra, Teixeira era presidente da Companhia de Gestão de Recursos Hídricos do Ceará. Ele chegou ao ministério em fevereiro de 2012, substituindo o então secretário Augusto Wagner Padilha, na mesma restruturação em que Bezerra tirou Paulo Fontana – indicado pelo peemedebista Geddel Vieira Lima – do comando da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). A pedido de Bezerra, Gomes se apressou em liberar Teixeira do cargo e plantar o afilhado em uma das secretarias mais importantes da pasta. O movimento representou um avanço da ala do PSB ligada aos Gomes sobre território peemedebista.

Até ontem, o nome do senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) era tido como certo para ocupar o comando da pasta. A indicação seria uma espécie de recompensa ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que tem se comportado na Casa como fiel aliado de Dilma e, até o momento, é o único cacique da legenda sem um afilhado.

A presidente, contudo, preferiu entregar o cargo para os irmãos Gomes, que deixam o PSB em direção ao recém-criado PROS já com uma cota – ainda que oficialmente temporária – na Esplanada dos Ministérios. Ao menos até janeiro, para quando é esperada a última reforma ministerial deste mandato, voltada prioritariamente para retirar da Esplanada os ministros que disputarão cargos eletivos em 2014.

Apesar de Dilma ter frustrado as pretensões peemedebistas, a reação do partido foi cautelosa. Na interpretação do líder da legenda no Senado, Eunício Oliveira (CE), a presidente preferiu esperar o momento de trocas partidárias assentar e tomar o pulso da base antes de fazer a indicação formal. Vital do Rêgo se esquivou de comentar o caso. “Isso é uma questão para o PMDB tratar. Eu sou senador”, disse. Para um peemedebista que fala sob condição de anonimato, o problema foi a superexposição de Vital. “A presidente odeia ministro que se autoindica antes que ela tenha feito qualquer convite”, avalia.


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