São Paulo - Uma decisão da Justiça de São Paulo impede o site Repórter Brasil de noticiar informações sobre uma ação de fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego e do Ministério Público do Trabalho (MPT) que teve a empresa Pinuscam Indústria e Comércio de Madeira como alvo. Foram resgatados 15 funcionários em condições análogas à de trabalho escravo em Tunas do Paraná, em 2012. O site recorreu nessa terça-feira da decisão.
A informação sobre a Pinuscam integrava uma lista de operações de fiscalização nas quais o poder público detectou condições análogas à escravidão desde 2003. “Não é uma ‘lista suja’ de trabalho escravo”, diz o diretor da Repórter Brasil, Leonardo Sakamoto. Para ele, “impedir a divulgação dos resultados dessas operações é cercear a sociedade de informações de interesse público”. A reportagem procurou a Pinuscam, mas ninguém se pronunciou.