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Motorista envolvido na morte de JK diz que foi chantageadoMotorista cita oferta de dinheiro no caso JKExumação do corpo de motorista do ex-presidente JK depende da JustiçaExumação de ex-motorista de JK está nas mãos da JustiçaALMG reforça pedido de nova perícia na morte de JK Comissão da Assembleia vai discutir possível assassinato de JKNo texto publicado em 1996, Meinel conta que, no dia da morte de JK, recebeu ordens do então chefe de produção do jornal para que esperasse a chegada de Wanderley Midei, subchefe de produção, que viria de SP. Midei, diz a reportagem, “revelou que, na cobertura do acidente, repórteres do jornal, mandados de São Paulo, obtiveram de guardas da Polícia Rodoviária a informação de que o Opala de Juscelino se desgovernara porque o motorista Geraldo levara um tiro na cabeça”.
A reportagem localizou Bastos, mas ele não respondeu aos telefonemas e e-mails. Midei não foi localizado.
O tiro, de acordo com essa versão, teria vindo de uma Caravan que também trafegava pela Dutra, na altura de Resende, no Rio, segundo depoimentos colhidos de passageiros de um ônibus que estava atrás do Opala onde viajava o ex-presidente.
O ônibus 1.348 da Viação Cometa era dirigido por Josias Nunes de Oliveira, de 69 anos. Oliveira foi ouvido ontem pela comissão na Câmara Municipal paulistana. Durante o regime militar, o motorista de ônibus foi acusado de ter sido o responsável pelo acidente de JK. Ele nega ter visto a Caravan.
Emocionado durante o depoimento ontem, que durou cerca de duas horas, Oliveira negou ter sido responsável pela morte do ex-presidente e, conforme antecipou o Estado, disse que dois homens lhe ofereceram dinheiro para confessar que tinha culpa no acidente.
“Cinco ou seis dias depois apareceram em casa dois homens cabeludos. Eles me ofereceram uma mala cheia de dinheiro para eu dizer que tinha matado o presidente”, contou Oliveira. Ele disse que vai pedir indenização por ter sido considerado por tanto tempo responsável pelo acidente que matou JK.
Natalini afirmou que vai pedir nova perícia do corpo de Gilberto, o motorista de JK. Em 1996 foi feita exumação do corpo e encontrado um fragmento de metal identificado como prego do caixão. Membros da Comissão da Verdade levantam a suspeita de se tratar de uma bala. Na perícia, constatou-se ainda buraco no crânio de Gilberto, provocado por “esfarelamento ósseo”.