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Saboia pode comparecer à comissão de sindicância, mas ficar em silêncioAdvogado sugere que Molina fale à comissão que investiga SaboiaItamaraty remove Saboia e Biato da embaixada em La Paz após fuga de senador bolivianoItamaraty recupera status com o PlanaltoDesde o episódio, Eduardo Saboia estava "em trânsito" - período em que um diplomata fica afastado de suas funções quando troca de posto. Nesse ínterim, um processo de sindicância no ministério foi instaurado para apurar o caso. Saboia é acusado de quebra de hierarquia, o que a defesa nega. O resultado será conhecido até o final de outubro. O processo tramita em sigilo.
Pinto Molina, que faz oposição ao governo do presidente Evo Morales, ficou quase 15 meses abrigado na embaixada em La Paz, desde que pediu asilo político ao Brasil. O parlamentar precisava de um salvo-conduto para deixar o que país, o que era negado pelas autoridades bolivianas, sob o argumento de que o parlamentar responde a processos judiciais no país.
O parlamentar é classificado como um “delinquente comum” pelo governo boliviano. O senador alega que é perseguido político e nega as acusações relativas a desvios de recursos públicos e corrupção. No total, ele é alvo de mais de 20 processos.
O retorno de Saboia ao trabalho foi autorizado no mês passado, após pedido encaminhado pelos advogados do diplomata. A defesa pediu ainda acesso aos e-mails, telegramas e notas trocadas entre a Embaixada do Brasil na Bolívia, o Itamaraty e a Presidência da República. A relação de documentos é extensa e mantida pela comissão em caráter sigiloso.