O presidente do Instituto Mundial de Desenvolvimento e Cidadania (IMDC), Deivson Oliveira Vidal, preso na operação da Polícia Federal no mês passado, acusado de desvios de recursos públicos, foi solto na última sexta-feira. A liberação ocorreu após a defesa de Vidal conseguir um habeas corpus na Justiça Federal. A Secretária de Estado de Defesa Social (Seds), confirmou que Deivson deixou o presídio Nelson Hungria, onde estava encarcerado. As investigações da Polícia Federal que resultaram na Operação Esopo, demonstraram que, apenas nos últimos cinco anos, o Instituto recebeu valores superiores a R$ 400 milhões das administrações públicas federal, estadual e municipal de 10 estados e no Distrito Federal.
Os fraudadores agiam a partir da assinatura do contrato, superfaturando os valores dos serviços prestados. Segundo a investigação da Polícia Federal, eram feitos repasses milionários às empresas integrantes da Oscip.
Alvo da Operação Esopo, da Polícia Federal (PF), o Instituto Mundial do Desenvolvimento e da Cidadania (IMDC) mantém contratos com outras pastas na Esplanada, além de ser contemplado com recursos do devassado Ministério do Trabalho. A entidade presidida por Deivson Oliveira Vidal, recebeu pelo menos R$ 12,8 milhões de quatro órgãos em Brasília: Desenvolvimento Agrário, Turismo, Cultura e Cidades. O instituto solicita verba para prestar diferentes tipos de serviços, que incluem desde elaboração de planos de marketing até apoio a eventos artísticos.
Em 2007, por exemplo, chegou a receber R$ 300 mil para apoiar o projeto Pop Rock Brasil e R$ 400 mil para o Axé Brasil 2008. O Ministério do Turismo aprovou parcialmente uma prestação de contas do IMDC relativa à execução da festa Juninão de Arcos e solicitou a devolução de R$ 11 mil (valor que ainda será corrigido).
Com informações de Leandro Kleber