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Estado de Minas

PF suspeita que tucano recebeu dinheiro de esquema

Com base nos indícios de envolvimento de deputados e outras autoridades com foro privilegiado, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) decidiu remeter os autos da operação ao Supremo Tribunal Federal (STF)


postado em 02/10/2013 20:43 / atualizado em 02/10/2013 20:52

A Polícia Federal suspeita de que o deputado federal licenciado Eduardo Gomes (PSDB-TO), atual secretário estadual de Esportes e Lazer de Tocantins, recebeu "comissão" da organização investigada por fraudes em fundos de pensão municipais. De acordo com o inquérito da Operação Miqueias, uma agenda do doleiro Fayed Antoine Traboulsi, acusado de chefiar o esquema, registra suposto pagamento ao congressista.

Com base nos indícios de envolvimento de deputados e outras autoridades com foro privilegiado, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) decidiu remeter os autos da operação ao Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo o despacho do desembargador Cândido Ribeiro, a PF flagrou conversas de Eduardo Gomes e do deputado Waldir Maranhão (PP-MA), "dentre outros", com o doleiro, além de anotações na agenda que registram pagamentos.

"Com efeito, a análise do conteúdo das conversas entre Fayed e os deputados Eduardo Gomes e Waldir Maranhão indica o possível envolvimento desses parlamentares com os objetivos da organização investigada, sem falar no suposto pagamento de comissão por parte daquele investigado ao deputado Eduardo Gomes", afirmou o desembargador em seu despacho.

A reportagem não conseguiu contato nesta quarta-feira, 2, com os deputados. Em nota divulgada à imprensa de Tocantins, na semana passada, Eduardo Gomes negou irregularidades e explicou ter conhecido o doleiro há dois anos, quando "não pesavam" suspeitas sobre ele.


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