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12 mil voluntários
Assim que optaram pela criação da Rede, os articuladores da sigla deram declarações de que estava cientes do desafio que teriam pela frente. Pelas redes sociais, começaram a recrutar colaboradores pelo País e conseguiram reunir um grupo de 12 mil pessoas que ajudaram no processo de coleta de assinaturas. O grande número de voluntários, nos cálculos da Rede, iria compensar a falta de políticos profissionais, já que apenas três deputados apoiaram a ideia desde o início.
O trabalho demorou para engrenar, mas deu resultados. O grupo diz ter conseguido levantar mais de 900 mil fichas de apoio. Depois de uma triagem, encaminhou cerca de 660 mil aos cartórios. Segundo a Rede, a matemática não fecha porque os cartórios descumpriram o prazo de 15 dias para a validação das assinaturas e invalidaram apoiamentos sem justificativa.
Comparar o processo da criação das duas siglas que foram aprovadas pelo TSE na semana passada com a de Marina ajuda a perceber porque a ex-senadora enfrenta tantas dificuldades.
O Solidariedade começou a ser articulado em outubro do ano passado. Foram só quatro meses de diferença, mas, nesta reta final, dariam o fôlego que a Rede tanto precisa. Outra diferença é que a sigla, liderada pelo deputado Paulinho da Força, contou com o apoio de outros 15 parlamentares e de toda a estrutura dos 2,1 mil sindicatos que formam a Força Sindical.
O PROS tem uma história mais peculiar. O ex-vereador de Planaltina de Goiás (GO) Eurípedes Júnior começou a recolher assinaturas em 2010. Foram três anos viajando pelo País até coletar 1,5 milhão de assinaturas e conseguir o registro.
O caso do PSD, do ex-prefeito Gilberto Kassab, destoa da regra. Ele lançou o partido em março de 2011 e em junho anunciava que já havia coletado mais de 1,2 milhão de assinaturas. A sigla do ex-prefeito contava com o apoio de um grande número de políticos profissionais. O partido foi aprovado em setembro daquele ano.