Os partidos dos presidenciáveis Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) já se organizam para disputar o espólio eleitoral da ex-ministra Marina Silva se ela não participar das eleições presidenciais de 2014. Ou mesmo para enfrentá-la, se ela for autorizada a disputar pela Rede ou optar pela candidatura por outra agremiação.
Segundo ele, o resultado disso será um documento com metas ambientais que serão inseridas no plano de governo tucano. “Um ponto crucial é que a plataforma seja realista. Tem que trazer metas para colocar em prática ao longo do tempo.” Pontua, porém, divergências quanto a forma como Marina trata o assunto. “O Brasil tem diversos desafios. A pauta ambiental não pode e não deve guiar a campanha por si só. Marina se isola e dialoga pouco.”
No PT, a ordem é aproveitar as ações oficiais de governo para explorar o tema ambiental e o diálogo com o perfil do eleitorado de Marina. “Os principais feitos ambientais são a diminuição do desmatamento da Amazônia, o protagonismo do Brasil nas discussões sobre aquecimento global e os investimentos em geração de energia limpa”, disse o secretário-geral do partido e deputado federal Paulo Teixeira (SP).
Teixeira também sugere que há possibilidade de a legenda trabalhar na campanha o fato de Marina ter sido ministra do Meio Ambiente do ex-presidente Lula (PT). “Marina fez parte deste governo e ajudou a implementar essa política.” A sigla também tenta resgatar o diálogo perdido com a juventude, em especial após as manifestações de junho. “As manifestações nos fizeram colocar isso na agenda do PT também.”
Debate
No PSB, a ideia é que a discussão seja feita por meio de um debate mais amplo e que envolva sustentabilidade, principalmente das cidades, onde se concentram a maior parte do eleitorado. “O debate ambiental tem a ver com a reforma urbana”, disse o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF).