A ex-senadora Marina Silva deixará para este sábado, último dia possível, a decisão sobre se filiar a algum partido político para se candidatar nas eleições do ano que vem. Em coletiva de imprensa no início da noite desta sexta-feira, Marina disse que ainda está conversando sobre o assunto com os integrantes da Rede Sustentabilidade, partido que está sendo criado por ela e que teve o registro eleitoral negado na noite de ontem.
Marina não quis adiantar quantas propostas já recebeu de partidos políticos, nem se alguma delas tem mais chance de ser atendida. A ex-senadora se limitou a dizer que, caso decida pela filiação partidária, a agremiação deverá estar comprometida com novas propostas políticas, que “quebrem a polarização” entre governo e oposição. “Neste momento o que nós queremos é verificar na realidade política do Brasil quais são aquelas pessoas, o movimento e os partidos que estão identificados com uma agenda estratégica para o Brasil", disse.
A ex-ministra convocará nova coletiva de imprensa neste sábado (5) para anunciar se irá ser candidata, para qual cargo e por qual legenda. O prazo para filiação partidária se encerra amanhã, um ano antes das eleições. Mesmo que opte por se candidatar, Marina Silva ressaltou que continuará trabalhando pela criação da Rede Sustentabilidade e disse que a Rede “já é um partido político, porque já tem base social, com militantes em todas as unidades da Federação”.
A Rede Sustentabilidade começou a ser criada em 2011, quando Marina anunciou a ideia de um novo partido voltado para a “sustentabilidade em todos os níveis”. Desde então, as 492 mil assinaturas mínimas necessárias para o registro eleitoral começaram a ser coletadas. Ontem o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) indeferiu o pedido de registro da Rede porque o número não foi atingido.
Marina alega que o erro foi dos cartórios eleitorais, que desconsideraram as assinaturas de jovens com menos de 18 anos e idosos, que não são obrigados a votar e por isso foram considerados não quites com a Justiça Eleitoral. Ela reclamou também da morosidade desses cartórios em apurar as assinaturas.