A ex-ministra do Meio Ambiente e ex-senadora Marina Silva acertou filiação ao PSB na tarde deste sábado e se dispôs a ser vice de Eduardo Campos (PE) para disputar a eleição de 2014. O porta-voz da Rede Sustentabilidade da ex-ministra, Cássio Martinho, leu o termo de compromisso firmado entre o partido e o PSB. No documento, Marina e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, chamaram a aliança de "democrática" e "transitória". "O objetivo central da aliança entre o PSB e a Rede é aprofundar a democracia e construir as bases para um ciclo duradouro."
O texto lembra a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que na noite de quinta-feira rejeitou a criação da Rede Sustentabilidade. Por 6 votos a 1, os ministros do TSE negaram o registro da Rede por considerarem que não foram obtidas as assinaturas exigidas. A aliança se forma como uma alternativa. "Estamos unindo forças para apresentar uma alternativa ao Brasil".
Na última sexta, o coordenador executivo da Rede, Bazileu Margarido, revelou que a ex-senadora "se disporia" a ser vice de Campos por "reconhecer" a sua candidatura. Segundo Bazileu, a opção pelo PSB se deu por "maior identidade programática e nos estados".
Agora, O PSB e os marineiros tentam trazer o PPS para essa aliança, partido de faz oposição ao governo Dilma Rousseff e que ofereceu abrigo à Marina quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou o pedido de registro da sigla. O deputado federal Walter Feldman (PSDB-SP), um dos apoiadores do projeto de Marina é o encarregado de tentar trazer o PPS para o time.
Eduardo Campos aceitou oferecer um abrigo "transitório" aos membros da Rede Sustentabilidade. Dessa forma, o partido não questionaria o mandato dos marineiros que chegassem a um cargo eletivo pelo PSB e decidissem migrar quando a sigla de Marina conseguir se viabilizar na Justiça.
PSB é "plano C"
Marina disse que o PSB "é um partido histórico com bandeiras históricas", é o seu "plano C". Ela agradeceu ao PSB pela chancela política "que a Justiça Eleitoral não nos quis dar". Pela negociação fechada diretamente entre o governador pernambucano e Marina, os dois se postulariam como "pré-candidatos" ao pleito de 2014, sendo que a definição do nome principal da chapa se daria no futuro, "sem ansiedade".
Com agências