O ministro aponta também que algumas obras de grande porte estão previstas para serem entregues até o fim de 2014, uma vez que foram incluídas na segunda etapa do PAC. "Temos em Minas a barragem do Jequitaí, que se encontra em obras e não será entregue este ano. O mesmo acontecerá com as adutoras no Norte de Minas. Para muitas obras de grande porte é preciso levar em conta que estão envolvidas questões de impacto ambiental, desapropriações e reassentamentos, o que pode atrasar prazos e cronogramas", explica. Outra obra do estado citada como prioritária para a pasta é a construção da barragem de Congonhas. Mesmo descartando a possibilidade de início das obras em 2013, o ministro espera que as licitações para a obra da barragem avance até dezembro.
ação antitemporal Já para as obras de prevenção aos desastres causados pelas chuvas, o Ministério da Integração ficará devendo até o próximo ano. Isso porque para as obras de drenagens nos rios Doce, Paraíba do Sul e Itabapoana ainda estão sendo estudadas parcerias com o governo de Minas. "A Integração trabalha com obras de controle de cheias, enquanto o Ministério das Cidades trabalha com a construção de encostas, um dos grandes problemas de Minas dadas as características físicas do estado. Para o controle de cheias, estamos analisando uma parceria com o estado para ações estruturantes. Não adianta fazermos obras mais simples, que não resolvam o problema", afirma o ministro Teixeira.
Segundo ele, o governo já liberou R$ 15 milhões para os estudos de projetos para bacias consideradas de risco em Minas. No entanto, de acordo com o Portal Siga Brasil, em 2013, o orçamento federal reservou para investimentos no estado R$ 6,5 milhões por meio do Programa de Gestão de Risco e Resposta aos Desastres, sendo que nada foi executado até o início deste mês.
A pasta da Integração era uma das chefiadas por socialistas, que na semana passada decidiram entregar os cargos que ocupavam no governo federal depois de desentendimentos com políticos petistas. O principal motivo das desavenças entre os antigos aliados seriam as pretensões do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), em disputar a presidência no ano que vem, enfrentando a candidatura de reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT). O ex-ministro Fernando Bezerra (PSB) entregou o cargo na terça-feira e foi substituído pelo então secretário de Infraestrutura Hídrica da pasta, Francisco Teixeira, que não é filiado a nenhum partido e deve ficar à frente do ministério até o início do ano que vem.