Belo Horizonte e Brasília - As legendas que polarizam as disputas presidenciais desde 1994, o PT e o PSDB, não esperavam que a ex-senadora Marina Silva (AC) se filiasse ao PSB para apoiar a candidatura presidencial do governador de Pernambuco, Eduardo campos. “Eu e ninguém esperávamos essa reviravolta”, disse o presidente do PSDB e candidato tucano à presidência, Aécio Neves (MG), que comemorou a decisão. “Acho a novidade extremamente positiva. Quem comemorou a derrota da não criação da Rede é que tem que se preocupar. Cada vez mais as oposições colocam como objetivo maior se unir para encerrar o ciclo perverso do PT no governo. Nós nos aproximamos nesse propósito do antagonismo a esse modelo que está aí”, comentou o senador, de Nova York, onde participa de um seminário com investidores estrangeiros.
Com a filiação da ex-senadora ao PSB, Freire adiantou que o PPS não vai fechar nenhuma aliança em apoio ao projeto de Marina e Eduardo Campos. “O PPS continua o seu projeto de buscar alternativas para a disputa de 2014. Não sou pessimista. Até porque esse governo (do PT) é tão incompetente”.
Críticas do governo
O vice-presidente da Câmara, André Vargas (PT-PR), disse que o acerto tem “cheiro de oportunismo”. “Vamos ver se o eleitorado não percebe o cheiro de oportunismo”, disse Vargas em seu perfil no Twitter. Para o deputado, a união dos dois adversários da presidente Dilma Rousseff teve a “influência da Natura e do Itaú para tentar nos derrotar”, disse o parlamentar se referindo aos dirigentes dessas empresas que apoiaram a criação da Rede. O ex-presidente do PT José Eduardo Dutra também usou a rede social para comentar a filiação de Marina ao PSB , classificada por ele como uma “grande jogada de Eduardo Campos”, mas um erro de Marina. (Com agências)