PSB e PSDB eram até as eleições estaduais de 2010 os maiores partidos no Ceará. Mas a um ano das eleições de 2014 estão esvaziados. Nos três governos Tasso Jereissati (1987-1990, 1991-1994 e 1999-2002), o PSDB teve maioria ampla na Assembleia com quase 30 dos 46 deputados. Na eleição de 2010, elegeu seis parlamentares - três foram para o PSD no meio do mandato e o restante desfiliou-se sábado passado, 05.
Antes de deixarem o partido, os últimos remanescentes tucanos cobraram definição de Tasso Jereissati sobre uma candidatura em 2014. Apesar de liderar as pesquisas do Ibope para governo e Senado, Tasso reluta em voltar. "Já estou velho. Tenho que dar chance para novos quadros. Passei doze anos no Governo. Os Ferreira Gomes estão há doze anos. Isso são formação de oligarquias, que condeno", afirmou. "Até posso ceder aos apelos de nosso candidato a presidente Aécio Neves para me candidatar novamente. Por isso nunca digo que dessa água não beberei mais".
Tasso filiou 300 médicos contrários ao programa federal Mais Médicos, defensores públicos, jornalistas e até o sanfoneiro Luizinho de Irauçuba. Para a sucessão de Cid Gomes, ele aposta nos tucanos Luiz Pontes, Carlos Matos, Pedro Fiúza e Tomaz Figueiredo Filho ou na candidatura do deputado estadual Heitor Férrer (PDT).
PSB
Já a debandada do grupo político do governador Cid Gomes para o PROS esvaziou o PSB do Ceará, que tinha 10 deputados estaduais na Assembleia Legislativa e ficou só com uma deputada. O novo presidente do PSB, ex-deputado federal Sérgio Novais, filiou cerca de 50 pessoas para disputar a eleição de 2014, entre eles a presidente do Centro Industrial do Ceará (CIC), Nicolle Barbosa, o ex-secretário cearense de Turismo, Alan Aguiar, e a ambientalista Geovana Cartaxo.