A presidente Dilma Rousseff pediu nesta segunda-feira, na reunião com líderes da base aliada na Câmara, a aprovação imediata da Medida Provisória (MP) do programa Mais Médicos, considerado pelo governo um dos principais trunfos na campanha pela reeleição em 2014. "Vamos votar de qualquer jeito a MP do Mais Médicos amanhã, 8", disse o líder do PT na Casa, José Guimarães (CE). "Todos expressaram para a presidenta que nós votaremos de qualquer jeito a MP amanhã. Chegou a hora de a onça beber água. Nada, nem um tipo de questão pode interditar essa votação amanhã."
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Comissão aprova parecer e MP do Mais Médicos segue para o plenário da CâmaraGoverno mobiliza base aliada para agilizar votação da MP do Mais MédicosCâmara aprova texto principal da MP do Programa Mais Médicos 'Antes de ser candidata, sou presidente', diz Dilma Dilma elogia protestos, mas defende gastos na Copa de 2014Perguntado se a administração federal estaria disposta a ceder em algum ponto, Guimarães respondeu: "Vamos insistir que seja o Ministério da Saúde que possa dar essa concessão do registro (aos médicos). O governo negociou tanto, eu nem sabia, a presidenta disse que já tinha recebido entidades médicas várias vezes no Planalto. As entidades foram muito intransigentes. Temos urgência de mandar esses médicos. Tem 660 pedidos, só concederam registro de 300 e poucos."
Marina
Segundo ele, Dilma não tocou na reunião com os líderes na filiação da ex-senadora Marina Silva (AC) ao PSB para formar aliança com o governador de Pernambuco e presidente nacional do partido, Eduardo Campos. "A presidenta não tocou nisso, mas na (reunião) preliminar, quando se reúnem vários líderes, não se deixa de comentar (isso). Na preliminar, antes de a presidenta tocar a pauta principal, ficamos comentando, alguns externaram opiniões com muito consenso, sintonia, de que o quadro no momento favorece a presidenta", afirmou Guimarães.
Conforme o líder do PT na Câmara, quanto menos candidaturas, maiores as chances de a presidente faturar a eleição. "Havia uma discussão de Serra (José Serra, ex-governador de São Paulo), Marina, Eduardo, Aécio (Neves, senador pelo PSDB de Minas Gerais), todo mundo candidato, quanto menos candidaturas, as chances da presidenta se ampliam. Ela não falou, mas muitos de nós falamos no bate-papo preliminar, antes de a presidenta chegar ao local da reunião", disse.