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Para o presidente estadual do PDT, deputado federal Mário Heringer, o partido terá que “rever posições e ressurgir”. Ele lembra que em 2002, a sigla elegeu 23 deputados federais, mas conta que depois do assédio de outras legendas, a bancada nas eleições de 2006 tinha apenas oito nomes, situação parecida com a de hoje. “Quando o Brizola morreu (2004), todo mundo disse que o partido não duraria mais um ano. Quase 10 anos depois, estamos fortes”, argumenta Heringer.
O principal culpado, segundo o presidente do PDT mineiro, foi o deputado federal Paulo Pereira da Silva (SP), o Paulinho da Força Sindical, que ao criar o Solidariedade levou com ele cinco deputados federais: Manato (ES), Marcos Medrado (BA), Sebastião Bala Rocha (AP), João Dado (SP) e Zé Silva (MG). O Solidariedade, aliás, tem agora uma bancada de 22 deputados, uma das 10 maiores da Casa. “Isso é comum. Toda véspera de eleição tem migração. Sempre arranjam uma janela ou porta para mudar”, minimiza Heringer.
Outra legenda recém-criada, o PROS, recebeu três ex-pedetistas: Dr. Jorge Silva (ES), Salvador Zimbaldi (SP) e Miro Teixeira (RJ), esse último já aparece como pré-candidato ao governo do Rio de Janeiro. O PROS foi o segundo maior beneficiado, com 17 filiações, quatro delas do PSB, motivados pelo rompimento dos socialistas com o governo Dilma, já que a legenda criada por um ex-vereador de Catalão (GO) tende a apoiar o Planalto.
Minas
Na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), o PDT teve duas baixas. Saíram Tenente Lúcio – que foi para o PSB – e Gustavo Perrella, que aportou no Solidariedade. Da bancada original de cinco parlamentares, permanecem no PDT os deputados Alencar da Silveira, Sargento Rodrigues e Carlos Pimenta. Presidente do diretório de Belo Horizonte, Sargento Rodrigues minimiza o efeito da debandada na eleição do ano que vem, calculando que será possível eleger novamente cinco deputados estaduais. “A expectativa que temos, baseados em conversas com Luppi, é que teremos um crescimento em relação a última eleição”, aposta ele.