O presidente do PSDB e pré-candidato à Presidência da República, senador Aécio Neves (MG), disse nessa terça-feira em coletiva à imprensa que a união de Eduardo Campos (PSB) e Marina Silva (PSB) demonstra fragilização do atual modelo de governo e dá vigor à oposição. “Porque estamos falando de dois nomes colocados, o do governador Eduardo Campos e o da ex-ministra Marina Silva, que vieram das costelas do PT. Ambos foram ministros do ex-presidente Lula e hoje atuam no campo oposicionista”, acrescentou. O senador fez uma palestra para investidores em evento promovido pelo banco BTG Pactual, em Nova York.
Aécio disse que a presidente Dilma Rousseff (PT) atuou para impedir a candidatura de Marina, apoiando projetos de lei que inviabilizavam a criação de partidos, e o ex-presidente Lula trabalhou para evitar uma eventual candidatura de Eduardo Campos. “Se ambos os nomes se colocam em condições de disputar contrariamente à vontade expressa do PT, não posso achar isso ruim”, observou. “O que é claro hoje é que, seja Eduardo ou Marina candidato, ambos venham a atuar no campo oposicionista e, repito, deve ser saudado por nós como algo extremamente positivo a um ano da eleição.”
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O modelo econômico do governo Dilma voltou a ser alvo de críticas do tucano durante palestra a investidores ontem. “É um momento delicado pelo qual passa o Brasil, farei esse diagnóstico, mas direi que o PSDB é um partido que tem compromisso com a garantia da estabilidade, tolerância zero com a inflação e, sobretudo, o fortalecimento daquilo que construímos lá atrás, com as agências reguladoras e os pilares macroeconômicos de metas de inflação, câmbio flutuante e superávit primário, que nos trouxeram até aqui”, disse em entrevista antes de dar a palestra.