O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), negou nesta quarta-feira, 09, que já exista uma definição sobre quem será o candidato à Presidência na chapa recém-formada por ele e pela ex-senadora Marina Silva. "Não vamos ter nenhum problema em decidir chapa em 2014", afirmou o governador em entrevista ao Jornal da CBN, ao ser questionado se a possibilidade de Marina continuar à frente nas pesquisas poderia inviabilizar sua candidatura.
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Dilma não comenta aliança Campos-Marina após solenidadeMarina e Campos conversam com empresários em SPPara Aécio, aliança de Campos com Marina mostra a fragilidade do governoCom Marina no PSB, DEM descarta apoio a CamposO governador criticou a postura de alguns adversários políticos que, segundo ele, procuram de forma meio "desesperada" atrapalhar a construção da aliança. "É uma aliança porque não somos a mesma coisa, mas se existe aliança é porque temos identidade", disse, ressaltando que a nova chapa deve sim mudar o curso de alianças estaduais para 2014. "Não há contradição", reforçou.
Ainda na entrevista à CBN, o governador afirmou que é preciso "vencer o bipartidarismo". "Não podemos resumir os problemas do País que queremos construir na próxima década no 'nós e eles'", afirmou.
Campos disse ainda que está fazendo reuniões com integrantes do PSB e da Rede para formularem uma agenda nacional, que será transformada em um documento à sociedade brasileira.
Lula
Segundo o governador, antes de o acordo entre ele e Marina se tornar público ele tentou entrar em contato com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para informá-lo da situação. "Eu procurei avisá-lo antes de vazar as conversas, que começaram na sexta à noite", disse. Campos afirmou, no entanto, que não conseguiu sucesso no contato com o ex-presidente. "Depois como a notícia vazou e ficou pública não tinha sentido o meu telefonema."
Campos diz acreditar ser difícil que o ex-presidente concorra às eleições em 2014. "Tudo que eu tenho ouvido de declarações do PT e do Lula é que a candidatura do PT está decidida e é a reeleição da presidente Dilma (Rousseff)", afirmou.