As lideranças petistas no Senado adotaram postura mais cautelosa que os representantes do partido na Câmara sobre a avaliação do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, a respeito da parceria entre o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e a ex-ministra Marina Silva. Para os senadores Wellington Dias (PI) e Humberto Costa (PE), ainda é cedo para afirmar se a aliança vai ou não somar. Mais cedo, Paulo Bernardo avaliou que, com a aliança de Marina e Campos, diminuiu a possibilidade de segundo turno nas eleições de 2014.
Para os senadores, o PSDB foi atingido mais diretamente com a parceria Eduardo-Marina. Contudo, ambos confiam que os tucanos se mantêm mais fortes, apesar da representatividade da ex-ministra. "O PSDB é mais enraizado na cultura do povo brasileiro. Além disso, ainda que a Marina dê a entender que ainda existe a possibilidade de ser candidata, ela entrou num partido com candidatura já posta e isso não vai mudar", finalizou Dias.
Wellington Dias defendeu que, ao invés de tentar fazer previsões sobre o cenário que estará posto em 2014, o PT esteja concentrado na campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff. "Pelos perfis de Marina (Silva) e Eduardo (Campos), existe ali um eleitorado que, no segundo turno, deve migrar para Dilma, mas não se pode imaginar que equação isso vai virar", completou.