O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou nesta sexta-feira, 11, que avalia a aliança entre o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), e a ex-ministra Marina Silva, como "natural". "Avalio como uma aliança natural diante do quadro político que estava posto. É legítimo que eles se unam para disputar as eleições", disse, antes de participar de um almoço promovido pelo Instituto dos Advogados de São Paulo (IASP), na capital paulista.
O ministro fez questão de ressaltar que não se pode misturar eleições com o papel do estado. "As eleições devem ter suas dinâmicas, é legitimo que as pessoas sejam candidatas, mas isso não pode e não deve interferir em momento algum nas ações de governos, especialmente no plano de segurança pública", reforçou.
Para Cardozo, tanto o governo do ex-presidente Lula como o da presidente Dilma a credenciam para ser reeleita. "Acredito sinceramente nisso e não creio que essa disputa deva interferir nas políticas de governo", disse.
O ministro negou que o PT tenha cometido algum erro de estratégia por não evitar a aliança entre Campos e Marina. "De forma nenhuma, o PT segue o seu papel", afirmou. "Se as forças políticas resolvem se unir porque têm uma visão ideológica é um problema que em momento algum deve nos tirar da nossa rota de ação partidária", disse. "Acho que o PT está sendo muito bem conduzido nesse processo", completou.