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Cardozo diz que aliança de Campos e Marina é 'natural'Estudante grava vídeo para criticar 'descaso' de CamposEduardo campos critica governo Dilma durante programa do PSB na TVPTB decide não indicar nomes para governo DilmaPTB fecha com Dilma se ganhar ministério, diz senadorDepois que Campos assumiu um discurso mais contundente em relação ao governo Dilma Rousseff, o clima é outro entre os antigos aliados. Nesta semana que passou, petistas e petebistas engrossaram críticas de tucanos em relação à ação dos governistas. Antes, apenas o PSDB criticava o governador de Pernambuco e presidente nacional socialista. A debandada do PT é esperada para a próxima semana, mas já teve início nesta sexta-feira.
O advogado Bruno Ribeiro, um dos quatro candidatos a presidente do PT no Estado, ligado ao deputado federal João Paulo (PT) e ao senador Humberto Costa (PT), antecipou-se e anunciou pedido de exoneração, em caráter irrevogável, do Conselho Estadual de Desenvolvimento Econômico e Social no governo do PSB. Ribeiro disse que tomou a decisão em função da "coerência das posições que vem defendendo no Partido dos Trabalhadores".
Ele destaca dois pontos. Em um deles, disse que as iniciativas do PSB têm priorizado a interação com as principais forças antipetistas locais e nacionais. Nesta quinta-feira, 10, na TV, Campos disse que o PT já tinha dado o que tinha que dar. "O outro é a defesa de um debate com a sociedade para a construção de novas políticas públicas e práticas mais democráticas do que as que vêm predominando em Pernambuco, as quais desestimulam as alianças, a independência das demais instâncias dos poderes públicos locais e, especialmente, que se ouça às reivindicações das ruas."
O desembarque dos aliados aconteceu no mesmo dia em que Campos anunciou a extinção de 969 cargos comissionados que eram ocupados por indicações políticas, com o objetivo de economia anual de R$ 25 milhões para os cofres públicos. Campos não fez alusão ou associação direta com o descolamento dos antigos aliados. "Blindamos esses cargos para uso exclusivo do servidor público", declarou. Campos também evitou comentar a orientação de Lula para isolar o socialista, depois da aliança com a ex-senadora Marina Silva (PSB-AC), no sábado, 5.
Nas últimas semanas, o PTB já vinha fazendo críticas ao PSB no Estado. O rompimento do PTB com o PSB, assim, já era esperado. O PTB de Monteiro Neto apenas aderiu a Campos no segundo turno das eleições de 2006, depois que o PT foi abatido pela queda das intenções de voto em Costa, acusado de participação em uma operação vampiros, da Polícia Federal (PF). Com a vitória de Campos sobre o democrata Mendonça Filho, o PTB ingressou na Frente Popular, comandada pelo PSB.