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Estado de Minas

Duplicação da BR-381 segue no compasso da burocracia para sair do papel

Falta apenas a assinatura da ordem de serviço para início da reforma da estrada conhecida como Rodovia da Morte, mas aspectos legais impedem que esse processo seja acelerado


postado em 12/10/2013 06:00 / atualizado em 12/10/2013 08:12

Trecho da Rodovia da Morte na saída de Belo Horizonte para Governador Valadares: expectativa era de que as ordens de serviço fossem assinadas este mês e as obras começassem até o fim do ano(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
Trecho da Rodovia da Morte na saída de Belo Horizonte para Governador Valadares: expectativa era de que as ordens de serviço fossem assinadas este mês e as obras começassem até o fim do ano (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)

Sete dos 11 trechos da BR-381 entre Belo Horizonte e Governador Valadares que serão duplicados aguardam apenas a assinatura das ordens de serviço para que as obras sejam iniciadas. A previsão era de que essas ordens fossem assinadas agora em outubro, mas a burocracia pode atrasar ainda mais o processo de melhoria da estrada, conhecida como Rodovia da Morte. De acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), é necessário que as empresas formadoras dos consórcios vencedores das licitações registrem a parceria nas juntas comerciais. Só então elas poderão firmar o contrato com o governo federal, montar os canteiros de obras ao longo da rodovia e começar os trabalhos na pista. De acordo com o departamento, não há previsão de quanto tempo vai demorar essa etapa.

Em visita a Varginha, no Sul de Minas, em agosto, a presidente Dilma Rousseff prometeu autorizar o começo das obras em setembro e a previsão era de que até dezembro as máquinas já estariam na estrada. A expectativa é de que Dilma venha a Minas Gerais participar da cerimônia de liberação das obras, mas ainda não há data definida na agenda presidencial para esta finalidade.

Para o empresário Luciano Araújo, coordenador do movimento Nova 381, essa autorização tem de ser dada até o fim deste mês para que as construtoras aproveitem o período de chuva para a montagem dos canteiros de obra, caso contrário não será possível iniciar a duplicação de fato em fevereiro, quando as chuvas começam a dar trégua. Segundo ele,  uma obra desse tamanho é precedida de uma preparação enorme, que pode demorar até quatro meses e inclui contratação de mão de obra e montagem de toda a infraestrutura necessária para o começo dos trabalhos.

A expectativa na região de Governador Valadares, afirma Luciano Araújo, é grande entre os empresários e comerciantes com a possibilidade de fornecer bens e serviços para as construtoras. Para ajudar, está sendo elaborado um caderno de obras com a relação de todos os serviços de que as empreiteiras vão precisar para que o comércio local se prepare para ter condições de atender as demandas. A intenção, segundo ele, é lançar esse caderno até novembro. “Além da questão do trânsito e dos acidentes, existe uma expectativa muito grande com o início das obras, pois elas vão movimentar a economia local e trazer desenvolvimento para toda a região. A nova rodovia vai transformar o Vale do Aço em vetor de desenvolvimento do estado.”

Araújo informou também que o movimento está criando núcleos regionais de acompanhamento dos trabalhos em cada um dos trechos das obras. O movimento, segundo ele, vai cobrar também do governo federal agilidade na conclusão da concorrência dos quatro lotes ainda pendentes.

A previsão é que a duplicação seja concluída dentro de dois anos e meio, se não houver atrasos. Ao todo, a obra vai custar aos cofres cerca de R$ 2,6 bilhões. O projeto prevê 205 quilômetros de pistas duplicadas, 17 pontes e 47 viadutos, cinco túneis, com 2.385 metros de extensão total, 20 passarelas, 99 paradas de ônibus e cerca de 83.300 metros de defensas.


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