Aécio Neves pretende ampliar a coligação antes de falar em chapa - Foto: Carlos Moura/CB/D.A Press - 11/9/13Se nos campos da presidente Dilma Rousseff (PT) e do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), já há indicativos de possíveis candidatos a vice-presidente da República, o pré-candidato do PSDB ao Palácio do Planalto, senador Aécio Neves (MG), está longe de conhecer quem o acompanhará na briga pelo voto. No que depender dos tucanos e dos possíveis partidos aliados, ele terá total liberdade para escolher o nome. O único conselho é tentar aliar a questão partidária ao potencial geográfico, apostando em alguém que possa acrescentar votos em regiões onde Aécio é menos conhecido. Para DEM e PPS é cedo até mesmo para falar em fechar coligação com o PSDB.
“Não decidimos nem quem vamos apoiar em 2014, como discutir vice de alguém?”, questionou o presidente do PPS, deputado federal Roberto Freire (PE). Apesar de não ter aceitado de imediato a aliança Eduardo Campos-Marina Silva, o deputado diz que ainda pode escolher os socialistas. “Temos a opção de candidatura própria e levamos em consideração duas candidaturas oposicionistas, ambas merecedoras de nosso apreço”, afirmou, se referindo a Aécio e Campos.
Os democratas não reivindicam vaga e, apesar de a aliança com o PSDB ser considerada óbvia por muitos, eles consideram que está cedo para fechá-la. “O DEM vai definir na hora certa a aliança, mas, se for Aécio o nosso candidato, ele deve ter total liberdade para escolher quem melhor componha e colabore. Ele tem de caminhar no rumo de escolher alguém dentro da geografia do país que agregue eleitoralmente”, afirmou o presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN). Para o senador, Aécio deveria pensar em aumentar os votos no Centro-Oeste, Norte e Nordeste do país.
Aliança No PSDB, a ordem também é esperar. O partido quer primeiro definir a coligação que sustentará uma eventual candidatura de Aécio. Além de DEM e PPS, o partido quer atrair legendas aliadas de Dilma como PP, PTB e PV e o recém-criado Solidariedade. “Mesmo que alguns tenham dito que vão ficar com o governo, ainda não há nada definido, tudo pode mudar. Se conversam conosco é porque ainda há uma margem”, aposta o deputado federal e tesoureiro nacional do PSDB, Rodrigo de Castro (MG). “Vamos antecipar a definição de nossas propostas e, quando estivermos com nosso projeto, os aliados virão naturalmente para uma aliança programática”, acrescenta o secretário-geral do PSDB, deputado federal Mendes Thame (SP). Segundo um dos vice-presidentes do partido, senador Álvaro Dias (PR), a prerrogativa de escolher o vice será de Aécio. “Está muito cedo, acho cedo até para indicarem o candidato. Os partidos no Brasil estão muito apressados”, afirmou.