Para o governador, a polarização entre PT e PSDB está esgotada e a movimentação de Campos e Marina não adquiriu ainda “substância social e programática” capaz de ameaçar Dilma. “O movimento que eles (Marina e Campos) estão fazendo não é de renovação”, disse o petista, que viu o PSB do vice-governador Beto Grill deixar a base da administração gaúcha.
Na avaliação de Tarso, as primeiras manifestações feitas pelo governador de Pernambuco e pela ex-ministra do Meio Ambiente apontam que os dois estão se encaminhando mais para ocupar um espaço na centro-direita, “que está esvaziada pela impotência demo-tucana (em referência ao Democratas e ao PSDB), do que apresentar um projeto de centro-esquerda”.
Mensalão
Sobre os possíveis efeitos na campanha presidencial do julgamento do mensalão, Tarso afirmou que o episódio já esgotou a sua influência no processo político e nas eleições. “O PT já está em recuperação desse desgaste”, disse. Indagado se os novos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) indicados por Dilma poderiam mudar o resultado do julgamento, o petista respondeu: “Acho que se tiver alguma modificação, será feita dentro das regras do jogo e temos de acolher com naturalidade, seja para um lado, seja para outro.”