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Com permanência de ministro, Dilma ganha tempo na reforma ministerialProtestos nas ruas podem antecipar minirreforma ministerialRedução ministerial fora da pauta do governo DilmaPTB fecha com Dilma se ganhar ministério, diz senadorPP e PROS articulam bloco para ganhar força com DilmaPrograma Crescer já emprestou quase R$ 9 bi, diz DilmaA estratégia é considerada fundamental para neutralizar a capilaridade do PSDB, do senador Aécio Neves (MG), e do PSB, do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, agora apoiado pela ex-ministra e ex-senadora Marina Silva.
O governo não descarta que o PMDB, numa reforma ministerial, possa ceder mais espaço para partidos que ganharam mais importância com o troca-troca protagonizado por parlamentares até o último dia 5.
Em nome do fortalecimento da chapa Dilma-Michel Temer está sendo discutida dentro do Palácio do Planalto a possibilidade de o PMDB abrir mão de alguma das pastas que comanda para ajudar a recompor o jogo partidário na máquina.
O senador José Sarney (PMDB-AP), que já não é mais presidente do Senado, ainda ostenta duas indicações ministeriais e poderia abrir mão de uma delas. Com a saída de seu apadrinhado Gastão Vieira do Turismo para disputar o Senado pelo Maranhão, a pasta pode ser repassada ao PP.
Flerte do PP
O interesse de Dilma em evitar o rompimento com o PP e sufocar o flerte do partido com o PSDB foi potencializado pelo crescimento da bancada do partido no Congresso, que chegou a ter 37 deputados federais e agora detém 44. Isso significa, numa aliança formal, mais tempo de TV para emprestar ao futuro coligado. Influente no PP, o senador Francisco Dornelles (RJ) - presidente de honra do partido - é tio do tucano Aécio Neves. O presidente do PP, Ciro Nogueira (PI), porém, é fiel aliado de Dilma.
Além de aumentar a influência do PP em seu governo, Dilma estuda recompensar com um ministério mais “vistoso” o PSD, do ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab. Atualmente a sigla ocupa a recém-nascida pasta da Micro e Pequena Empresa, comandada por Guilherme Afif.
Kassab prometeu ser fiel à candidatura de Dilma. Deixou claro, ainda, que se o PSD formalizar o apoio à reeleição da petista é “natural” que ocupe cargos no ministério. Mas Dilma espera receber a fatura da fidelidade, sobretudo contando com o apoio de Kassab em São Paulo.
Mudança de rumo
Desta vez, a necessidade de manter mais aliados na coalizão tem a ver com as votações no Congresso. O governo considera que em 2014 não haverá votações tão impactantes para o Palácio do Planalto e que as eleições vão esfriar a agenda do Legislativo.
A busca por uma base ampla vai contra sinais expressados pelo governo no auge da crise entre o Executivo e o Legislativo, no primeiro semestre do ano. Para conter o fisiologismo de aliados que estariam exigindo demais e cooperando pouco com o governo, discutia-se para 2014 uma coligação mais enxuta e coerente. Na época, os petistas estavam animados com a alta popularidade da presidente.