O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participará nesta terça-feir do 1º Congresso Internacional de Responsabilidade Social Empresarial, cujo lema é "Na direção de uma Argentina socialmente responsável". A conferência de Lula será realizada no Hotel Holiday Inn do distrito de Ciudad Evita, município de La Matanza, na Grande Buenos Aires. O evento também contará com a presença do ex-primeiro-ministro espanhol Felipe González e o economista indiano Amartya Sen. O ex-presidente afirmou que a relação Brasil-Argentina teve nos últimos dez anos o "melhor período" da história.
Antes de chegar a Buenos Aires, Lula fez declarações ao "Página 12", jornal portenho alinhado ao governo da presidente Cristina Kirchner. Afirmou que tem plena confiança de que a presidente Cristina se recuperará da cirurgia no cérebro. "Nosso desejo é de que uma grande amiga e líder política, Cristina Kirchner, se restabeleça plenamente. Cristina Kirchner não é somente importante para a Argentina, mas também para a região. Tenho plena confiança de que se recuperará rapidamente." Na entrevista ao, feita em São Paulo, Lula também criticou os atos de espionagem dos Estados Unidos.
O ex-presidente Lula defendeu um fluxo bilateral maior de estudantes: "Precisamos mais estudantes brasileiros nas universidades argentinas e mais argentinos nas universidades brasileiras." Segundo Lula, "apenas começamos a explorar o potencial daquilo que podemos fazer trabalhando juntos".
Lula também indicou que não se preocupa pela candidatura de Marina Silva pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB). "Devemos respeitar todos os adversários", afirmou. "Este é um começo. Mas para ser sincero, acredito que a presidente Dilma tem todas as condições para ser reeleita. O país continua crescendo e desenvolvendo-se. Gera empregos, promove a inclusão social, expande e melhora a qualidade dos serviços públicos, coloca ênfase especial na educação, ciência e tecnologia... A maior parte da população percebe que o país tem um rumo seguro e pensa que atual presidente é a pessoa mais preparada para aprofundar as mudanças e garantir que não ocorram retrocessos. Não há motivos para que a presidente Dilma tema adversário algum."