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Falhas na fiscalização permitem ONGs e Oscips lesar cofres públicosEmendas de deputados federais irrigaram contas de Oscip acusada de faudesDirigente de Oscip suspeita de fraude se recusa a falar em depoimentoEmpresário pega 14 anos de prisão por corrupção no Norte de MinasO procurador Alan Versiane, do MPF em Montes Claros, confirma que, com base nas reportagens do final de janeiro de 2011, o órgão abriu procedimento para averiguar os contratos firmados pelo IMDC para ministrar os curso do Pro-Jovem Trabalhador. “A partir do que foi descrito nas reportagens, foi aberto inquérito para averiguar o funcionamento do Pró-Jovem em São Francisco. Depois, a investigação se estendeu para outros municípios”, afirma Versiane. Na época, o EM visitou São Francisco e outros municípios do Norte de Minas e do Vale do Jequitinhonha, mostrando o funcionamento do programa e as dificuldades enfrentadas pelos alunos.
De acordo com o procurador, a partir do desmembramento, a investigação será aprofundada, com um trabalho minucioso sobre a movimentação financeira e o funcionamento do programa em cada município. Além dos depoimentos ouvidos durante a Operação Esopo, também serão analisados os relatórios das fiscalizações da CGU feitas nos municípios.
Alan Versiane lembra que, além de concorrências suspeitas para favorecer o IMDC – pelo modelo de dispensa de licitação –, já foram detectados outros indícios de irregularidades, como deficiências no funcionamento dos cursos, falta de material didático e problemas no transporte e fornecimento de lanche para os alunos. “Outra situação investigada é que a contratada recebia pela promoção total dos cursos, mas executava o programa de forma parcial”, informa o procurador federal.