Brasília - Um dos responsáveis pela articulação da aliança entre Marina Silva e Eduardo Campos, o deputado federal Walter Feldman (PSB-SP) critica a postura de integrantes da Rede que rejeitam a união de ambos e defende que esses se afastem do projeto. “Tem debate dentro da Rede que parece coisa do passado mais distante. Tem posturas de patrulha, que não compreende a crítica e trata como pessoal. Não consegue fazer transição para o novo se não tiver muita autocrítica”, afirmou Feldman sobre os chamados “sonháticos”, como são conhecidos parte dos apoiadores de Marina.
Segundo ele, quem acreditava que a Rede deveria caminhar sozinha no seu ideal político, deveria retornar ao Movimento Nova Política, que a precedeu. “O que eu acho é que aqueles que imaginavam que a Rede deveria ser sozinha um núcleo transformador da realidade brasileira tem que ir embora. O Movimento Nova Política é uma coisa mais ampla, fora das instituições. Lá cabe tudo. No campo da ação partidária tem outras regras.” O deputado avalia que a Rede é uma parte do Movimento. “É o braço institucional, tem que fazer isso que a Marina fez. Os que acham que não, têm que voltar.”
Questionado se os críticos da aliança têm razão, disse: “Seria fraudar a verdade (dizer que não têm razão). Claro que (Campos) tem políticas do passado. Mas vivemos num regime de coalizão. O que não pode é achar que o novo por si é bom. Porque o novo pode ser tanto quanto o velho em relação ao que temos. Evidente que vamos ter de discutir dentro do que a Rede considera o mais adequado para fazer a transição. Seria hipócrita dizer que é tudo lindo. Se fosse tudo lindo já teria sido feito. É claro que tem problemas que precisam ser resolvidos.”
Para Feldman, ao optar por Campos, Marina mostrou ter “os pés na realidade”. “Sonhático é você se dispor a construir um novo modelo. É diferente de dizer que ‘as minhas ideias me bastam, eu vibro com elas’, mas não se dispor a ir no dia a dia enfrentar uma duríssima realidade, contraditória com seus sonhos e dizer ‘vou mexer pra mudar e alcançar meus sonhos. A Marina não é pragmática, é programática. Ela diz, sou programática, tenho um sonho, isso tem de ser construído. Não adianta subir no púlpito e dizer, tem que mudar.”
Transição. Fundador do PSDB, ao qual estava filiado até dez dias atrás, Feldman considera a chapa Eduardo-Marina com mais condições para fazer a transição de um governo pós-petista do que a do senador Aécio Neves (PSDB-MG). “O Aécio e o PSDB são instrumentos da oposição. Eduardo e Marina são figuras que foram do governo e são críticos a ele, que conhecem por dentro. A transição é mais aceitável com Eduardo e Marina porque eles vem daí.” Também disse que no primeiro turno da campanha, o alvo comum de Campos e de Aécio será o PT. “Terá uma forte tendência de crítica ao PT/Dilma.”
Segundo ele, quem acreditava que a Rede deveria caminhar sozinha no seu ideal político, deveria retornar ao Movimento Nova Política, que a precedeu. “O que eu acho é que aqueles que imaginavam que a Rede deveria ser sozinha um núcleo transformador da realidade brasileira tem que ir embora. O Movimento Nova Política é uma coisa mais ampla, fora das instituições. Lá cabe tudo. No campo da ação partidária tem outras regras.” O deputado avalia que a Rede é uma parte do Movimento. “É o braço institucional, tem que fazer isso que a Marina fez. Os que acham que não, têm que voltar.”
Questionado se os críticos da aliança têm razão, disse: “Seria fraudar a verdade (dizer que não têm razão). Claro que (Campos) tem políticas do passado. Mas vivemos num regime de coalizão. O que não pode é achar que o novo por si é bom. Porque o novo pode ser tanto quanto o velho em relação ao que temos. Evidente que vamos ter de discutir dentro do que a Rede considera o mais adequado para fazer a transição. Seria hipócrita dizer que é tudo lindo. Se fosse tudo lindo já teria sido feito. É claro que tem problemas que precisam ser resolvidos.”
Para Feldman, ao optar por Campos, Marina mostrou ter “os pés na realidade”. “Sonhático é você se dispor a construir um novo modelo. É diferente de dizer que ‘as minhas ideias me bastam, eu vibro com elas’, mas não se dispor a ir no dia a dia enfrentar uma duríssima realidade, contraditória com seus sonhos e dizer ‘vou mexer pra mudar e alcançar meus sonhos. A Marina não é pragmática, é programática. Ela diz, sou programática, tenho um sonho, isso tem de ser construído. Não adianta subir no púlpito e dizer, tem que mudar.”
Transição. Fundador do PSDB, ao qual estava filiado até dez dias atrás, Feldman considera a chapa Eduardo-Marina com mais condições para fazer a transição de um governo pós-petista do que a do senador Aécio Neves (PSDB-MG). “O Aécio e o PSDB são instrumentos da oposição. Eduardo e Marina são figuras que foram do governo e são críticos a ele, que conhecem por dentro. A transição é mais aceitável com Eduardo e Marina porque eles vem daí.” Também disse que no primeiro turno da campanha, o alvo comum de Campos e de Aécio será o PT. “Terá uma forte tendência de crítica ao PT/Dilma.”