Brasília - Aliado do governador Geraldo Alckmin (PSDB) em São Paulo, o presidente do PSB paulista, Márcio França, está sendo pressionado pela Rede, que passou a fazer parte da legenda, a se afastar dos tucanos e lançar um candidato próprio ao Palácio dos Bandeirantes. Principal interlocutor de Eduardo Campos no Estado, França acha que seria um erro seguir esse caminho. O plano defendido por ele é que Campos tenha espaço no palaque de Alckmin.
O presidente do PSB paulista diz que Alckmin abriu espaço para o PSB, oferecendo várias secretarias. "Ele nos ajudou muito na eleição de 2012 em cidades importantes, como Campinas. É claro que, oficialmente, ele fará campanha para o candidato do PSDB. Mas sinto que existe uma simpatia. Campos e Alckmin são parecidos em muita coisa", afirma França. Questionado em que eles seriam parecidos, o pessebista diz que Geraldo e o Aécio são "antagônicos" em alguns comportamentos. "O Geraldo é muito ligado à família, já o Aécio casou agora. Faz uma semana. Sinto também que, quando o Geraldo foi candidato à Presidência, o envolvimento de Minas na campanha não foi muito grande".
Para França, dividir o palanque com Kassab ou Skaf é uma possibilidade. "O Skaf foi do PSB e saiu pela porta da frente. Toda a engenharia da criação do PSD foi feita conosco. Havia a possibilidade até de fusão. Mas a preferência é o Geraldo. A prioridade é fechar com ele".