Brasília - A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, defendeu o desempenho do governo petista na presidência e criticou o "governo anterior" durante discurso em evento sobre desenvolvimento rural voltado para agricultores familiares de todo o país. Miriam argumentou que a articulação entre o governo federal e estados e municípios é fundamental e disse que isso ocorria em menor grau do governo de Fernando Henrique Cardoso, do PSDB, cujo mandato terminou em 2003.
"O ministro Pepe Vargas foi prefeito de Caxias (do Sul, RS) e sabe a diferença que foi o governo do presidente Lula e agora o da presidenta Dilma para os municípios e o que era o governo anterior. Eu também fui secretária municipal da minha cidade. Nós não tínhamos um tostão do governo federal", afirmou, em direção ao ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, que estava sentado ao lado dela.
Ao citar que ainda existem 2,5 milhões de pessoas na extrema pobreza no campo, Miriam lembrou uma frase da presidente Dilma Rousseff: "Isso (extrema pobreza) só nos desafia e desafia nossa presidenta, que estabeleceu sua marca de governo que 'País rico é país sem pobreza'."
A ministra também falou sobre os motores do crescimento brasileiro e afirmou que, durante o governo petista, o País diversificou suas fontes. Em 2000, segundo a apresentação, o único motor de crescimento eram as exportações.
"É a mesma coisa que pilotar uma avião com um motor só", explicou Miriam. Em 2005, segundo ela, o consumo de massa se tornou um motor do crescimento. Em 2007, a infraestrutura foi agregada, com o lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e, em 2009, a habitação também se tornou uma fonte de crescimento, com o programa Minha Casa, Minha Vida. "Hoje temos economia muito mais sólida, porque não dependemos de um único setor", defendeu.
Ao deixar o local, a ministra conversou e tirou fotografias com participantes do evento e não quis falar com a imprensa. Segundo a organização da 2ª Conferência Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário, o evento é voltado para agricultores familiares, assentados da reforma agrária, camponeses, extrativistas, pescadores artesanais, povos indígenas e quilombolas.