Jornal Estado de Minas

Na Bahia, Dilma defende programas sociais do governo

Dilma anunciou, também, que está em estudos a próxima fase do Minha Casa, Minha Vida

Agência Estado
Dilma tentou afastar as acusações de que os programas sejam eleitoreiros - Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
A presidente Dilma Rousseff defendeu, na manhã desta terça-feira, 15, os programas sociais do governo federal e a forma como os recursos públicos são empregados. "Se alguém perguntar: 'para onde vai o dinheiro dos impostos?' Ele vai para pagar a casa de vocês, vai para pagar essas casas", disse a presidente, durante entrega de 1.740 unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida em Vitória da Conquista, no sul da Bahia. As obras consumiram R$ 96,6 milhões.
Na solenidade, ela ainda tentou afastar as acusações de que os programas sejam eleitoreiros. "Ninguém pode chegar para vocês e falar 'olha, vocês ganharam a casa, então me faça esse favor aqui, porque eu te ajudei'", argumentou. "O dinheiro que financia estas casas é o dinheiro dos impostos, do povo brasileiro. É o dinheiro da dignidade e da cidadania, é o dinheiro de vocês."

Dilma anunciou, também, que está em estudos a próxima fase do Minha Casa, Minha Vida. "Quando nós lançamos este plano, no finalzinho de 2009, falamos que a gente ia fazer 1 milhão de moradias, mas muita gente disse que esse programa não era para valer, que tínhamos lançado só para enganar", lembrou. "Conseguimos, até o fim de 2010, no governo do presidente Lula, contratar 1 milhão, construímos uma parte no meu governo, e, como a gente tinha aprendido como fazer rápido essas casas, decidimos que íamos fazer mais 2 milhões até 2014. Agora, vamos fazer 2,75 milhões até o fim do ano que vem - e acho vamos cumprir essa meta sem problemas. Por isso, estamos pensando em deixar pronta uma nova fase."

Dia dos Professores


Dilma também aproveitou o discurso para homenagear os professores e prometeu "lutar para ter a melhor educação possível" no País. "Para ter um caminho de crescimento sustentável, seja quando se trata da melhoria de vida dos mais pobres, seja para ter uma economia desenvolvida, (o País) precisa da educação", disse. "No dia do professor, temos de comemorar com eles dizendo o seguinte: agora, nós passamos uma lei que determina que 75% dos royalties do petróleo e metade dos recursos do petróleo do fundo social nós vamos gastar com educação. Isso é um passaporte para o futuro, porque nós sabemos que, assim como precisamos de casas, nós precisamos de educação de qualidade."

A presidente afirmou que o governo precisa se preocupar em oferecer "as mesmas oportunidades" para crianças de famílias pobres e de famílias de classe média, desde a creche. "Hoje, uma criança de classe média tem estímulos, tem jogos, tem acesso a uma série de atividades, a uma quantidade imensa de informação, e uma criança das famílias mais pobres tem de ter a mesma oportunidade", disse. "Temos de ter uma obsessão, uma ideia fixa: precisamos da educação de qualidade para dar um salto para um país desenvolvido."